Culturas

Com necessidade de nova reposição de fertilizantes, plantio de trigo atrasa e RS deve diminuir área

Apesar de retomar o plantio neste final de semana, os produtores de trigo do Rio Grande do Sul enfrentam dificuldades com solo excessivamente úmido. “Nesse cenário, dependendo da região produtora, a semeadura se encontra muito atrasada, podendo resultar inclusive na desistência de plantio de algumas áreas”, projeta a Consultoria Trigo & Farinhas. 

Alguns produtores ainda realizam operações de dessecação nas lavouras a serem cultivadas, contando que as condições reinantes melhorem e as operações cheguem a um resultado satisfatório, evitando assim maiores gastos. Outros se deparam com a necessidade de um novo manejo químico nas lavouras já dessecadas, repondo novamente fertilizantes e herbicidas para que as sementes tenham uma germinação adequada.

Nas áreas onde as chuvas foram mais intensas, muitas das lavouras mostram a necessidade de correção dos efeitos causados pelas enxurradas, como nivelamento de voçorocas, reconstrução de terraços, limpeza de canais escoadores, bem como a reconstrução das vias internas para o deslocamento das máquinas dentro das lavouras/talhões.

Segundo informações que chegam dos escritórios regionais da Emater/RS-Ascar, só foi possível semear até o momento pouco mais de 83 mil hectares, o que representa aproximadamente 12% do previsto para este ano. Assim, o total previsto seguramente deverá ser revisado face às circunstâncias. 

A T&F lembra que esse percentual já deveria ter ultrapassado 50%, se considerada a média dos últimos cinco anos. “Este fato se reveste de importância para os produtores, que estão preocupados com a aproximação do final do período recomendado para o plantio dentro do zoneamento agroclimático, principalmente para as variedades precoces”, afirma o analista sênior da Consultoria, Luiz Carlos Pacheco.

Áreas implantadas antes do período de alta umidade e chuvas prolongadas apresentam, de forma indistinta, plantas amareladas, estioladas e com vários problemas causados pela pouca luminosidade, deixando-as suscetíveis às doenças fúngicas.

 

AgroLink, 19/06/2017

 

 

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