Entrevistas

Presidente da Abisolo, Clorialdo Roberto Levrero, fala sobre o Anuário Brasileiro de Tecnologia em Nutrição Vegetal

Em entrevista para o GlobalFert, Clorialdo Roberto Levrero, Presidente da Abisolo, comentou sobre o anuário, a evolução e benefícios da tecnologia em nutrição vegetal no Brasil.

1. O Anuário da Abisolo já está em sua 4ª Edição. Qual é a sua importância para o setor de Tecnologia em Nutrição Vegetal?

 O Anuário se tornou um importante veículo de informação e uma das melhores ferramentas de consulta sobre o nosso setor. Ele vem conseguindo mostrar para os diferentes públicos um leque de informações, em linguagem de fácil entendimento e com conteúdo esclarecedor sobre a importância que o setor de Tecnologia de Nutrição Vegetal tem para a competitividade do agronegócio brasileiro. Ele trouxe mais visibilidade para as nossas empresas, agregando valor e credibilidade.

2. Segundo os dados divulgados no Anuário recentemente lançado, o faturamento do setor de Tecnologia em Nutrição Vegetal cresceu 10% em 2017 e há perspectiva que continue crescendo em 2018. Quais são os principais fatores responsáveis por esse crescimento e pela expectativa para o próximo ano?

O crescimento do setor vem se mantendo nos últimos anos mesmo com a forte crise política e econômica – além das intempéries climáticas que normalmente enfrentamos. O que temos observado é o aumento da percepção dos agricultores da necessidade de serem cada vez mais competitivos, buscando a melhoria da produtividade e da qualidade, sem onerar o custo final do produto.

Os resultados da utilização das nossas tecnologias são excepcionais e ano a ano o índice de adoção em grandes culturas como soja, milho e cana só tem aumentado.

Este movimento explica em grande parte o bom desempenho do setor.

 3. Quais são os resultados que a Tecnologia em Nutrição Vegetal tem trazido para a agricultura brasileira?

O setor investe em média 4,2% do faturamento em Pesquisa & Desenvolvimento. O resultado disto é uma grande oferta de novos ativos que otimizam os processos de disponibilização e de absorção dos nutrientes, que promovem bioatividade e auxiliam as plantas a expressar maior tolerância à incidência de doenças, expressando em consequência o seu máximo genético. Além disto, é foco da nossa indústria processos e insumos que visam a racionalização do uso do solo e a sustentabilidade do sistema produtivo.

 4. A taxa de adoção de produtos com Tecnologia em Nutrição Vegetal é menor do que a do setor de fertilizantes minerais e mais baixa que a utilizada em outras regiões, como por exemplo a América do Norte. De que forma a Abisolo está trabalhando para que o setor demonstre a sua importância na agricultura brasileira?

A Abisolo apoia diversas iniciativas para a validação científica das tecnologias do setor e atua de forma importante na difusão dos resultados. Atua ainda na interlocução junto aos vários agentes reguladores visando o estabelecimento de regras compatíveis com as tecnologias, sempre buscando o aumento do índice de adoção e consequentemente os benefícios para os agricultores e para o Agro do Brasil. Esse trabalho é responsabilidade das empresas, muito mais vinculado a estratégia de cada uma, mas a associação faz e tem feito esforços para fomentar a adoção através de:

 1. Fomento de ações que ajudem na compreensão e entendimento das tecnologias, com treinamentos, palestras e eventos de divulgação (Fórum), apoiados pela regulamentação;

2. Favorecer a correta avaliação e desenvolvimento de novas tecnologias, sendo elo de discussão e suporte de ações junto aos órgãos reguladores, universidades e agências governamentais.

3. Ser referência técnica para garantir credibilidade às tecnologias, através de programas como o interlaboratorial, participação em eventos técnicos nacionais e internacionais, multiplicando a informação aos associados.

Sobre Abisolo

A Abisolo, Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal, foi fundada em março de 2003 com o objetivo de representar e defender os interesses das empresas produtoras de importantes insumos que colaboram para o aumento da sustentabilidade e produtividade agrícola brasileira.

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