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Adubos e fertilizantes são destaque nas importações do Oriente Médio

A balança comercial brasileira fechou o ano passado com saldo positivo de US$ 67 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta terça-feira (02). O resultado recorde ficou dentro das expectativas do órgão, que projetava superávit entre US$ 65 bilhões e US$ 70 bilhões. Em dezembro, a balança fechou com saldo positivo de US$ 4,998 bilhões.

O superávit do ano passado foi 40,5% superior ao registrado em 2016. O secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, destacou a diferença do resultado de um ano para o outro: ao contrário de 2016, quando as importações caíram em ritmo superior às vendas externas, no ano passado a balança ficou positiva devido a um crescimento maior das exportações.

Segundo a pasta, as vendas externas brasileiras somaram US$ 217,746 bilhões no ano passado, um aumento de 18,5% em relação a 2016, pela média diária. A alta, no entanto, foi insuficiente para retomar o recorde de exportações registrado em 2011, quando as vendas externas tinham somado US$ 256 bilhões.

Também cresceram as importações, que fecharam 2017 em US$ 150,745 bilhões, um salto de 10,5% sobre a média diária do ano anterior.

“Essa retomada das importações indica uma resposta da economia brasileira”, afirmou o secretário, destacando que cresceram, principalmente, as compras externas de insumos e itens intermediários, que são usados pela indústria e pelo agronegócio.

Abrão Neto afirmou que 2018 pode registrar novo aumento na corrente comercial brasileira, mas com as importações crescendo em ritmo mais forte. “Ainda assim esperamos um superávit robusto, em torno de US$ 50 bilhões, que será o segundo maior da história, abaixo apenas do resultado do ano passado”, ponderou.

Destaques

Nas exportações, houve crescimento em todas as categorias de produtos: 28,7% nas vendas externas de produtos básicos, com destaque para petróleo bruto, minério de ferro e soja em grão; 13,3% nas de semimanufaturados, puxadas por semimanufaturados de ferro/aço, ferro fundido e madeira serrada; e 9,4% nas de manufaturados, por conta de óleos combustíveis, máquinas para terraplanagem e tratores.

O Oriente Médio comprou 16% mais produtos brasileiros no ano passado, crescimento puxado pelo aumento nas encomendas de açúcar bruto, minério de ferro, carne bovina, chassis com motor, munições de caça e esporte, motores e turbinas para aeronaves, automóveis de passageiros, açúcar refinado, café em grão, laminados planos, carne de frango, bovinos vivos, pedras preciosas/semipreciosas e aviões.

Na mão contrária, o crescimento das importações de combustíveis e lubrificantes saltaram 42,8% na mesma base de comparação, enquanto as de bens intermediários cresceram 11,2% e as bens de consumo subiram 7,9%. Apenas as compras de bens de capital fecharam o ano em queda, de 11,4%.

As encomendas do Oriente Médio subiram 12% no ano. Os produtos cujo crescimento tiveram maior destaque foram petróleo bruto, ureia, cloreto de potássio, adubos e fertilizantes, polímeros plásticos, ligas de alumínio, falsos tecidos, alumínio bruto, inseticidas, chapas/folhas de plástico e partes e peças de aeronaves.

 

ANBA, 02/01/2018

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