Mercado

Vendas de fertilizantes tiveram leve queda no 1º semestre

O volume de fertilizantes entregues aos produtores rurais caiu 3,5% em junho em relação ao mesmo mês do ano passado, para 2,883 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados hoje pela Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda). Com a retração, as venda fecharam o primeiro semestre com leve baixa de 0,4%, para 13,132 milhões de toneladas. As entregas de fertilizantes derivados do nitrogênio (N) apresentaram redução de 0,9% no primeiro semestre, para 1,796 milhão de toneladas.

O movimento, segundo a Anda, é reflexo da antecipação das entregas para o milho de inverno (safrinha) – a demanda foi forte no fim do ano passado – e do atraso nas retiradas de adubos para cana. Os chamados fertilizantes fosfatados (P2O5) apresentaram ligeira alta de 0,5% na comparação, para 1,819 milhão de toneladas, resultado da intensificação das entregas para safra de verão do ciclo 2017/18 registrada nos últimos dois meses. As entregas dos fertilizantes potássicos (K2O), por sua vez, diminuíram 5,6% no semestre, para 2,012 milhão de toneladas, como resultado da postergação das retiradas pelos agricultores e da piora na relação de trocas para algumas culturas.

O Estado do Mato Grosso concentrou o maior volume de entregas no semestre. Foram 2,996 milhão de toneladas (22,8% do total), seguido de São Paulo, com 1,716 milhão de toneladas (13,1%), Paraná, com 1,708 milhão de toneladas (13,0%), Goiás, com 1,368 milhão de toneladas (10,4%) e Minas Gerais, com 1,300 milhão de toneladas (9,9%). A produção nacional de fertilizantes intermediários em junho caiu 6,6% ante o mesmo mês de 2016, ficando em 724,317 mil toneladas. No semestre houve redução de 5,9%, para 4,022 milhões de toneladas.

A relação de troca de grãos por adubos está pior para as duas principais culturas produzidas no país. De janeiro a maio, em média, foram necessárias 22,3 sacas de 60 quilos de soja para adquirir uma tonelada de fertilizantes, segundo a MacroSector Consultores com base nos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em 2016, a relação média foi de 20 sacas. A relação de troca para o milho apresentou relação ainda mais desfavorável ao agricultor. Enquanto em 2016 eram necessárias 43,6 sacas de 60 quilos do cereal para a compra de uma tonelada de adubo, na média de janeiro a maio eram necessárias 58,6 sacas.

 

Revista Canavieiros, 13/07/2017

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo