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Empresa especializada em fertilizantes líquidos projeta crescimento de 20% em 2017

A Agrichem, que atua no ramo de fertilizantes líquidos de alta concentração, projeta alta de 15% a 20% nas vendas em 2017. A estimativa é que o faturamento da empresa chegue a até R$ 275 milhões, superando os R$ 219 milhões registrados no ano passado.

Conforme o diretor de Planejamento da companhia, Marcelo Soares, as incertezas da economia não devem reduzir a disposição dos agricultores em investir na lavoura. “É claro que em um ano bom tem mais gente adotando novas tecnologias do que em um ano ruim, mas sempre tem produtor investindo na área”, avalia o diretor. “Depois que o produtor passa a ser tecnificado ele não volta atrás”, justifica.

Ele também atribui ao crescimento a internacionalização da empresa. Em janeiro, a companhia passou a atuar no Paraguai. “Escolhemos o país pela proximidade técnica e geográfica”, explica o diretor. A Colômbia também deve receber em breve uma unidade da companhia. “Já exportávamos para estes países, mas optamos por ter uma operação local para ter uma atuação mais ativa nesses mercados”, diz. A Agrichem também vende seus produtos para Argentina, Chile, Bolívia, Peru e Uruguai.

No ano que vem, a empresa deve se instalar na Argentina. “É um mercado em que o segmento de fertilizantes líquidos é incipiente, mas uma de nossas grandes competências é educar o agricultor e acreditamos que isso vai ajudar o mercado argentino a crescer”, acrescenta o executivo.

No Brasil, 65% das vendas da empresa são direcionadas para as lavouras de soja e milho, que foram responsáveis por impulsionar o crescimento da companhia, que atingiu uma média de 17% nos últimos cinco anos.

Modelo de negociação

Segundo Soares, os novos meios de negociação também devem dar amparo aos planos de crescimento. A partir da safra 2017/2018, a Agrichem passará a utilizar o barter – sistema que permite o pagamento de insumos com commodities. A empresa irá atuar com o barter tanto a termo quanto a futuro e está há mais de um ano se preparando para oferecer esse modelo de negociação. “Esta é uma forma de atendermos a uma demanda dos clientes e de tornarmos as transações mais seguras.”

Para este ano, a previsão é de que 7% das vendas sejam pagas neste formato, segundo o executivo. “Na próxima safra as vendas devem chegar a 12%”, prevê Soares. A maioria dos clientes da companhia utiliza o Plano Safra para investir em insumos e, na avaliação de Soares, os recursos anunciados para este ano ficaram aquém do esperado. “Isso, por um lado, é positivo porque irá fazer com que os produtores busquem outros meios como o barter para garantir seus insumos”, destaca.

A Agrichem também criou uma plataforma específica para atender os clientes com mais de 15 mil hectares, que respondem por 13% do faturamento da empresa. A ferramenta online de gestão de nutrição permite que, a partir dados de análise de solo, o produtor saiba quais são os nutrientes são necessários para a planta. As grandes propriedades respondem por 23% desse mercado de fertilizantes.

Para Soares, pesa a favor da empresa que uma parte significativa dos seus clientes sejam produtores que atuam com planejamento mais estruturado “São produtores focados em ampliar a produtividade e que investem em tecnologia independentemente da situação do mercado, o que nos dá uma base sólida e nos permite crescer”, avalia.

 

Portal do Agronegócio, 04/07/2017

 

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