Produção

Bunge deve inativar algumas linhas de produção de fertilizantes

A empresa multinacional de cereais Bunge está enfrentando um \”processo de reajuste\” em sua planta em Campana (Argentina), onde se espera que algumas de suas linhas de produção de fertilizantes sejam inativadas. Com a planta do Complexo Industrial daquela cidade paralisada por alguns dias, fontes sindicais estimaram que a empresa está determinada a demitir cerca de 100 trabalhadores, dos mais de 200 que a empresa emprega lá. 

Fontes próximas à empresa disseram a El Cronista que ainda não definiram o número de demissões e que estão ocorrendo negociações com o sindicato do setor no âmbito do Ministério do Trabalho. A situação é enquadrada em um contexto de falta de competitividade da planta, produto do aumento dos custos de produção (custos trabalhistas) e de um mercado internacional altamente competitivo, que produz os mesmos produtos a menor custo.

No nível nacional, no entanto, o consumo de fertilizantes no setor agrícola foi para um nível recorde no ano passado. No total, incluindo a agricultura, a pecuária e a produção de cana-de-açúcar, o setor comercializou cerca de 3,8 milhões de toneladas, um salto de cerca de 6% em relação a 2016, de acordo com dados da Câmara da Indústria Argentina Fertilizantes e Agroquímicos (CIAFA). Claro, esse crescimento ocorre com um aumento significativo das importações, o que levou a união a temer a substituição da produção doméstica por produtos importados.

Em Campana, a Bunge atualmente tem cinco linhas de produção de fertilizantes, e a intenção da empresa seria continuar com a atividade produtiva, embora apenas com as linhas mais \”competitivas\”. \”Muitas das linhas são deficitárias\”, disseram eles, de modo que o reajuste viria do lado da sustentabilidade para os segmentos que permanecerão em produção.

 

Revista Chacra, 19/01/2018

 

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