Eurochem investe US$ 6 bilhões em minas de Cloreto de Potássio
O EuroChem Group AG, de propriedade do magnata russo Andrey Melnichenko, está gastando mais de US $ 6 bilhões em duas minas para produzir cloreto de potássio, um mineral avermelhado encontrado na Terra que é apreciado por sua capacidade como fertilizante do solo.
“Nós prevemos um crescimento explosivo na demanda de fertilizantes premium na China”, disse Dmitry Strezhnev, diretor executivo da EuroChem, em uma entrevista de Moscou.
Ainda sim, é um momento difícil para ser um mineiro de cloreto de potássio. Os preços estão baixos e o mercado está atolado em excesso. Empresas, incluindo a Potash Corp., da Saskatchewan Inc., fecharam operações nos EUA e no Canadá. O superávit global poderia ser até 10 milhões de toneladas em 2018, de acordo com dados da Green Markets .
Ameaça principal
A EuroChem ganhou uma licença para a mina de Usolski, localizada na região de Perm, no oeste da Rússia, há cerca de uma década, quando o cloreto de potássio atingia US $ 1.000 por tonelada. Desde então, o mercado entrou em colapso, e os preços agora são cerca de US $ 225. Usolski iniciou recentemente a produção.
O segundo site, o VolgaKaliy, fica a cerca de 190 quilômetros de Volgograd e começará no próximo ano, com foco no envio de potássio para a Europa e as Américas. Será uma das minas de cloreto de potássio de menor custo do mundo, além de ter as maiores notas de minério, de acordo com Clark Bailey, diretor de mineração da empresa.
A empresa está apostando que pode ter sucesso onde outros falharam porque os custos de produção na Rússia são muito inferiores aos concorrentes. O VolgaKlaliy está localizado perto do Mar Negro, o que reduz os custos de envio, disse Bailey em entrevista à Bloomberg Television. Os custos gerais na Rússia também são muito inferiores ao Canadá ou à Europa, disse ele.
Em 2018, a produção total de ambas as minas será de cerca de 600 mil toneladas, estima a empresa. Em sete anos, visa produzir 8,3 milhões de toneladas de cloreto de potássio por ano, o que equivale a cerca de 13% do consumo global atual.
“A demanda global por potássio cresce em 1 milhão de toneladas por ano, enquanto não há tantos grandes novos projetos como o nosso estão chegando online”, disse Strezhnev. “Dado o aumento gradual de nossas minas, na verdade, só atenderemos a crescente demanda”.
Os produtores de cloreto de potássio geralmente vendem a mercadoria na China e na Índia através de acordos de fornecimento anuais com importadores, que vendem o fertilizante aos agricultores. A EuroChem pretende cortar o intermediário e trabalhar com empresas asiáticas locais para transformar o cloreto de potássio em fórmulas de fertilizantes mais avançadas.
Em última análise, a EuroChem tem como objetivo expandir-se em produtos nutritivos de culturas premium, sendo o negócio responsável por 30% das vendas futuras, em comparação com 20% atualmente.
Bloomberg, 07/11/2017
