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Atraso no plantio e segurança são preocupações dos produtores de MT

A falta de chuvas no início do plantio, a redução na área de safrinha de milho e a insegurança no campo foram as principais preocupações apontadas pelos produtores de soja de Mato Grosso questionados pelas equipes do Circuito Tecnológico – Etapa Soja.

Durante as duas semanas em que ocorreram as visitas, de 20 a 31 de outubro, os técnicos aplicaram questionários, levantaram demandas do setor e recolheram amostras de sementes e fertilizantes para fazer um raio-x da safra de soja no estado.

Os estágios de plantio estavam bastante diversificados em todo Mato Grosso. Enquanto a maioria das equipes encontrou produtores preocupados com a falta de chuva e até sem plantar nas primeiras semanas de outubro, outros técnicos viram propriedades com a lavoura já adiantada. “Ainda tem janela para o plantio de soja, mas pode complicar a safra de milho”, avalia a supervisora de projetos da região Norte, Susiane Azevedo.

A expectativa dos produtores ouvidos durante o Circuito é de diminuição na área de milho. “As condições climáticas e os preços fazem com que os produtores estejam apreensivos neste momento”, conta Eliandro Zaffari, supervisor de projetos da região Sul.

Porém, ainda é cedo para afirmar qual será esta redução, segundo Ângelo Ozelame, gestor de Análise de Mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que também participou da expedição.

Os relatos de furtos e assaltos em fazendas foram intensificados durante as visitas às propriedades rurais. Os produtores estão preocupados com a segurança pública e aprovaram parceria da Aprosoja-MT com a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil. “As pessoas realmente aplaudiram a iniciativa e se interessaram em ajudar a divulgar os contatos da polícia para tentar acabar com estes crimes”, diz Cristiane Sassagima, supervisora de projetos da região Oeste.

A logística sempre é tema de discussão entre os produtores rurais e não foi diferente durante as entrevistas que ocorreram durante as visitas. Os técnicos viram situações bem diferentes em cada região de Mato Grosso: estradas sendo asfaltadas e outras com muitas dificuldades de trafegabilidade. “Na região Leste vimos trabalho sendo feito nas rodovias, isso é importante para o escoamento da safra”, diz Letícia Laabs, supervisora de projetos da região Leste.

Na BR-163, as mudanças são rápidas com o trabalho da concessionária Rota do Oeste. “Há um trabalho ágil na rodovia na região Sul. Na região entre Posto Gil e Lucas do Rio Verde também vimos melhorias com sinalização horizontal e vertical”, conta Susiane Azevedo.

Todas as equipes relataram a mesma impressão: o produtor rural está ávido por informação de qualidade para melhorar o seu negócio. A expedição foi fundamental para apresentar a Aprosoja-MT, o Imea e o Senar-MT para os agricultores e colocar as entidades à disposição do seu público. “Percebemos que algumas regiões estão bem cobertas, mas outras precisam de mais atenção. Levar informação para o Xingu não tem preço”, diz Eduardo Silveira, analista de projetos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), realizador do Circuito Tecnológico – Etapa Soja.

“Ainda temos melhorias a fazer, especialmente em relação aos questionários, mas em linhas gerais o evento foi um sucesso”, afirma Eduardo Vaz, analista de projetos da Aprosoja-MT.

G1, 06/11/2014

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