Culturas

Fertilizantes: produtor usará menos tecnologia com milho verão

Os preços do milho neste ano, inferiores aos do ano passado, levarão produtores a investir menos em fertilizantes para a safra de verão 2017/18 do cereal, disse nesta sexta-feira, 10, o diretor-presidente da Fertilizantes Heringer, Dalton Carlos Heringer. “Na safra de milho verão deste ano (2017/18), o produtor usará menos tecnologia e reduzirá a área destinada ao cereal. Essa área migrará para a cultura da soja”, explicou o executivo a investidores e acionistas da empresa, durante teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre de 2017.

Heringer comentou que a pior relação de troca de milho (com preços sob pressão) por fertilizantes neste ano ante 2016, assim como o atraso do plantio da soja em algumas regiões em virtude de chuvas depois do previsto e a provável postergação do plantio da safrinha, deve fazer os agricultores concentrarem no ano que vem as compras de adubos para a cultura. “As entregas de fertilizantes para a safrinha devem acontecer entre janeiro e março de 2018”, afirmou o executivo.

Durante a teleconferência de resultados, o diretor de Relações com Investidores, Rodrigo Bortolini Rezende, destacou ainda o crescimento das vendas de fertilizantes foliares da companhia. “Estas vendas têm crescido expressivamente”, disse Rezende. Ele reportou que a empresa investiu na estruturação de uma equipe exclusiva de vendas de adubos foliares, categoria de produto oferecida pela empresa há cerca de quatro anos. A perspectiva para o ano que vem, segundo Dalton Heringer, é de incremento nos volumes desse tipo de produto, “que tem margens (de lucro) bastante fortes”.

Heringer traçou outras perspectivas para 2018 durante a teleconferência. “Estimamos que 35 milhões de toneladas serão entregues em 2018. Um milhão de toneladas a mais (na comparação com a estimativa de volume a ser entregue em 2017) deve ajudar a companhia a atingir margens de lucro (em 2018) semelhantes às de 2016”, disse o diretor-presidente da companhia. Em 2016, a margem de lucro bruto chegou a 12,3% da receita líquida da empresa.

As projeções se baseiam, em boa medida, na perspectiva de melhores preços da soja e do milho, segundo o executivo. “Os preços de soja e milho devem ter pequenas altas no próximo ciclo, com uma tendência de oferta e demanda mais equilibrada”, destacou Heringer.

 

Dinheiro Rural, 10/11/2017

 

 

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