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IGP-M desacelera ritmo e sobe 0,86% em outubro

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou para alta de 0,86% em outubro, após ter marcado avanço de 1,50% em setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em outubro de 2012, a variação foi de apenas 0,02%. O índice serve de referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel.

O índice ficou ligeiramente abaixo da média de 18 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data que apontavam para alta de 0,9% neste mês. No entanto, a variação de outubro fica dentro do intervalo das estimativas, de 0,83% a 0,96%.

Com o resultado, o IGP-M acumula alta de 4,58% no ano e de 5,27% em 12 meses. O indicador é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Segundo economistas consultados, a valorização recente do real em relação ao dólar e a queda de commodities no mercado externo trazem alívio à inflação no atacado neste mês. 

Atacado

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – que representa 60% dos IGPs – cedeu para alta de 1,09% neste mês, ante 2,11% em setembro. Essa desaceleração foi puxada principalmente pelos produtos agropecuários. O IPA agro cedeu de alta de 2,97% para avanço de 0,49%, enquanto o IPA industrial saiu de 1,79% para 1,32%.

As quedas mais importantes no IPA foram a do café em grão (recuo de 4,84% para recuo de 8,86%), ovos (0,29% para queda de 7,78%), milho em grão (1,31% para baixa de 2,53%) e adubos e fertilizantes (0,31% para diminuição de 4,14%). Entre as maiores influências positivas estiveram minério de ferro (3,53% para 6,81%), bovinos (0,93% para 3,80%), carne bovina (1,72% para 4,27). Aves (5,75% para 5,53%) e suínos (13,37% para 10,72%) desaceleraram, mas ainda assim se mantiveram na lista de maiores altas.

Varejo

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – com peso de 30% nos IGPs – registrou variação de 0,43% em outubro, ante 0,27%, em setembro. A principal contribuição partiu do grupo alimentação (0,14% para 0,63%), que acelerou por conta de hortaliças e legumes (recuo de 11,18% para recuo de 5,46%) e carnes bovinas (queda de 0,11% para alta de 2,47%).

Outras cinco classes de despesa ficaram mais caras: habitação (0,44% para 0,51%),

educação, leitura e recreação (0,24% para 0,51%), vestuário (0,55% para 0,80%), comunicação (0,09% para 0,40%) e saúde e cuidados pessoais (0,43% para 0,46%).

Os itens que mais contribuíram para esses movimentos foram: eletrodomésticos e equipamentos (0,14% para 0,97%), passagem aérea (recuo de 0,14% para alta de 12,34%), roupas (0,53% para 0,87%), tarifa de telefone móvel (queda de 0,59% para subida de 0,72%) e salão de beleza (0,66% para 0,76%), nesta ordem.

Transportes (0,09% para recuo de 0,12%) e despesas diversas (0,22% para 0,15%) foram os únicos grupos a registrar variações menores em outubro. Para cada uma destas classes de despesa, destacam-se os itens: gasolina (queda de 0,02% para queda de 0,69%) e clínica veterinária (1,14% para 0,23%), respectivamente.

Construção Civil

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), divulgado pela FGV na segunda-feira, registrou em outubro variação de 0,33%, abaixo do resultado de setembro, de 0,43%. Materiais, equipamentos e serviços subiram 0,68%, ante 0,91%, e o custo da mão de obra não registrou variação pelo segundo mês consecutivo.

Valor Econômico, 30/10/2013

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