Culturas

Paraná ficará com 20% dos recursos para compra de insumos do pré-custeio da safra 2018

O secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, participou nesta sexta-feira (27) do anúncio de recursos do pré-custeio para a safra 2018 no País e da linha Investe Agro, do Banco do Brasil. O banco vai disponibilizar R$ 12 bilhões para financiar a compra de insumos da próxima safra de verão 2017/18, sendo que desse valor o Paraná deverá receber cerca de R$ 2,5 bilhões, correspondendo a quase 20% dos recursos destinados a essa linha.

O anúncio, para todo o País, foi feito em Curitiba, pelo vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Tarcísio Hübner, que também anunciou o início da linha Investe Agro, para investimentos em máquinas e equipamentos novos e usados, nacionais ou importados.

Com o pré-custeio, o produtor pode antecipar a compra dos insumos necessários à implantação das lavouras como sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas.

TAXAS

Os recursos de pré-custeio serão liberados com taxas de 8,5% ao ano para o Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), até o teto de R$ 1,5 milhão em recursos. Para os demais produtores, a taxa é de 9,5% ao ano, até o teto de R$ 3 milhões em financiamentos.

Outra ação do Banco do Brasil para o Paraná formalizada nesta sexta-feira foi o contrato de parceria assinado com a Emater-PR, que fará oficialmente os contratos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) em todo o Estado.

Para o secretário Norberto Ortigara, o Banco do Brasil saiu na frente com essa decisão de antecipar a liberação de recursos para o custeio para a safra de verão 2017/18, ainda no mês de janeiro. “Isso facilita a vida do agricultor, que consegue planejar e negociar melhor a compra de insumos. Ele evita o sufoco de comprar os insumos em período de concentração dessa ação, nos meses que antecede o plantio da safra”, afirmou.

Ortigara atribuiu essa iniciativa à força do Agronegócio que está sustentando a economia. No ano passado o setor foi superavitário para o País, com a geração de US$ 71 bilhões em faturamento. No Paraná, não foi diferente. Cerca de 75% de todas as exportações no ano passado corresponderam a produtos do agronegócio.

O secretário referiu-se também ao contrato firmado com a Emater, que facilita o acesso ao crédito e, com isso, ajuda a melhorar o desempenho do agricultor. Ele elogiou o papel do Banco do Brasil, que há muito tempo vem investindo na atividade agrícola, o que vem contribuindo com o crescimento do setor.

O Banco do Brasil anunciou uma série de medidas na área digital que serão implementadas ao longo de 2017 como o geomapa rural, que vai servir como comprovação de área de cultivo, junto ao banco, por meio do telefone celular.

INVESTE AGRONEGÓCIO

Trata-se de uma modalidade de investimento com recursos captados pelas Letras de Crédito Agrícola (LCA). É uma linha simplificada que prevê repasse rápido com taxas que variam de 11,25% a 12,75% ao ano.

EMATER-PR

Conforme o contrato de parceria firmado com o Banco do Brasil, a Emater-PR será remunerada pelos projetos de custeio e investimentos que faz junto aos produtores rurais paranaenses.

Na safra anterior (2016/17) realizou 12.879 projetos de custeio e investimento com um valor de total R$ 331 milhões, em crédito acessado pelos produtores rurais. Para a safra 2017/18 a empresa projeta fazer cerca de 18 mil produtos no valor aproximado de R$ 500 milhões.

Para o diretor-presidente da Emater-PR, Rubens Niederheitmann, a parceria com o Banco do Brasil representa um avanço porque a empresa consegue atender a todos os agricultores, em especial os familiares do Estado, de forma mais efetiva. Com crédito disponível na hora certa, o produtor tem condições de plantar a lavoura no período recomendado, disse. A Emater vai contar com a ajuda de instituições como Fetaep e Faep no atendimento aos produtores.

O presidente da Fetaep (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná), Ademir Müller, destacou que o pré-custeio será muito importante para gerar mais empregos no campo. “Com os recursos, os produtores começam a trabalhar de forma antecipada nas lavouras e com isso precisa contratar funcionários”, disse.

 

Agência de Notícias do Paraná, 27/01/2017

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