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Cai tempo de espera dos navios de fertilizantes nos portos paranaenses

A importação de fertilizantes pelos portos paranaenses tem passado por constantes transformações e melhorias. Adequações logísticas, ganhos de produtividade e ampliação na capacidade permitiram que os portos paranaenses chegassem, até setembro, com 7,1 milhões de toneladas de fertilizantes importados – aumento de 11% em relação ao ano passado – e praticamente nenhuma fila de espera de navios (hoje apenas seis navios aguardam para atracar em um dos seis berços dedicados a movimentação do produto). Em outros anos, a espera para atracação chegava a 50 navios.

Estas melhorias e avanços foram apresentados na tarde desta quinta-feira (31) pelo superintendente dos Portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino, durante o Clube NPK, um dos mais tradicionais eventos que reúne os principais importadores de fertilizantes do Brasil e que é promovido pelo Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos-PR).

“Conseguimos implantar o maior programa de melhorias já feito na história dos portos no segmento de fertilizantes. Os resultados são imediatos: aumentamos a movimentação e reduzimos o tempo de espera dos navios. Isso se reverte automaticamente nos preços porque diminuem os custos de sobrestadia e o produtor se desonera. Este é o nosso principal objetivo”, explica Dividino.

Estrutura – Uma série de medidas contribuiu para a queda no tempo de espera dos navios. Em Antonina, o terminal da Ponta do Felix ativou um segundo guindaste para desembarque de fertilizantes, que deve dobrar a capacidade de movimentação no terminal.   Em Paranaguá, a Fospar – terminal especializado no recebimento de fertilizantes – acaba de adquirir um novo guindaste que vai agilizar ainda mais as operações.

No que diz respeito às medidas adotadas pela administração pública, foi inaugurado em 2013 o terminal de Fertilizantes, que além de agilizar as operações, diminui a quantidade de caminhões na área primária do cais, aumentando a segurança em todo o processo.

Outra melhoria que permitiu este aumento na produtividade foi a modernização do sistema de conferência das cargas de fertilizantes. Foram retiradas as inserções manuais de dados no sistema, que geravam erros por dificuldade de leitura. A Appa instalou cinco contêineres-escritório na faixa do cais, que são utilizados pelos conferentes das cargas. Todos os navios de fertilizantes que chegam ao porto têm suas cargas loteadas para diferentes destinos. É trabalho do conferente – categoria portuária sindicalizada e estabelecida em Paranaguá – verificar o destino do lote, informar isso no sistema e encaminhar o caminhão para a balança.

Antes, esta ação era toda manual. Agora, com a integração e informatização do sistema, a transferência de dados é eletrônica e, ao chegar à balança, o caminhão passa apenas pela aferição do peso, sem riscos de envio do lote para o destino errado em função de dificuldade de leitura do canhoto, que antes era manual.

O principal ganho, além da agilidade, é que os terminais podem emitir as notas fiscais eletrônicas de cada caminhão, antes mesmo do veículo chegar ao destino. Por outro lado, na retaguarda, está sendo realizado um esforço conjunto dos operadores de fertilizantes em otimizar os espaços para recebimento do produto e, muitas vezes, aumentando o turno de trabalho para conseguir atender a demanda e reduzir o tempo de atendimento.

Agência de Notícias do Paraná, 31/10/2013

Imagem: Ivan Bueno/APPA

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