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Movimentação acumulada cresce e faz Porto de Santos projetar novo recorde para 2017. Importações de adubo tiveram a maior participação

O Porto de Santos, no litoral paulista, atingiu 12 milhões de toneladas movimentadas em julho e 73 milhões no acumulado do ano, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Com os índices positivos, a estatal projeta atingir 123,5 milhões de toneladas até o fim de 2017.

No balanço, a autoridade portuária também informou que a Brasil Terminal Portuário (BTP), que opera contêineres no bairro Saboó, na Margem Direita do porto, assumiu a liderança inédita na movimentação de contêineres no cais. Para a Docas, o panorama foi “fortemente impulsionado” pelas exportações no período.

Conforme os dados oficiais, 12.053.697 toneladas de mercadorias foram movimentadas nas rotas de importação e exportação pelo complexo em julho. A quantidade supera em 5,75% a melhor marca do ano (11.397.641 toneladas em maio) e em 18,4% o mesmo mês de 2016, quando 10.182.378 toneladas foram movimentadas.

Pela exportação, houve crescimento de 23,1%, com consolidado de 8.833.639 toneladas, ante as 7.177.528 do mesmo período anterior. As cargas de granéis sólidos colaboraram para o índice, com destaque para a movimentação de milho (alta de 99,6%), complexo soja (38,2%) e de café em grãos (17,9%).

Na importação, a Codesp registrou aumento de 7,2% no recebimento de cargas no cais santista no mês, que fechou em 3.220.058 toneladas de cargas, contra 3.004.850 registradas em julho de 2016. Houve crescimento na nafta (aumento de 542%), álcool (337%), fosfato de cálcio (108%) e óleo diesel (65%).

“Os números apurados nesses sete primeiros meses expressam a excelente recuperação da atividade no Porto de Santos, apontando para mais um ano de movimento recorde, após a queda verificada ano passado”, disse o diretor-presidente da Codesp, José Alex de Oliva.

Por isso, a projeção é de que o Porto de Santos movimente 123,5 milhões de toneladas até o fim de 2017, o que representaria ganho de 8,52% em relação ao balanço final de 2016. Os dados também indicam crescimento de 3% em relação ao maior movimento anual, registrado em 2015, conforme informações da Codesp.

Acumulado e navios

Na alta do acumulado geral do ano, a Codesp avalia que houve “influência elevada das mercadorias importadas”, que registraram alta de 14,5%, atrelada ao crescimento de 5,1% nas exportações. Estas representaram mais de dois terços do total, o que consolidou o cenário “para a superação de mais um recorde”.

No total exportado, o destaque está nas commodities agrícolas. O complexo soja destacou-se com 18.807.914 toneladas movimentadas e alta de 9,7%. As operações de embarque de açúcar, a segunda carga de maior movimentação no período, atingiu 11.221.827 toneladas, 7,2% maior que em igual período de 2016.

As importações de adubo tiveram a maior participação verificada nesse fluxo, alcançando 2.147.532 toneladas, alta de 34,8%. Na sequência, estão as descargas de óleo diesel e gasóleo, com 1.388.458 toneladas, com 43% de aumento. O enxofre alcançou a terceira posição, com 1.092.088 toneladas e incremento de 12,7%.

O fluxo de navios registrou 2.793 embarcações atracadas no período, 0,2% menor que em 2016. Para a Docas, houve um ganho de produtividade de quase 8%, com a média de 26,171 mil toneladas operadas por navio, em comparação às 24,271 mil toneladas operadas em igual período do ano passado.

 

G1, 30/08/2017

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