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Balança comercial de Goiás tem superávit em novembro. Estado apresentou elevada importação de fertilizantes

O saldo da balança comercial de Goiás alcançou em novembro superávit de US$ 273 milhões, o melhor resultado para o mês nos últimos dez anos. Já em relação ao ano anterior as exportações apresentaram um crescimento de 75,31%.

O saldo das exportações no acumulado deste ano, até o mês de novembro, já soma US$ 6,4 bilhões. Os dados foram apresentados pelo titular da Secretaria de Desenvolvimento, Francisco Pontes, em coletiva à imprensa nesta quinta-feira, dia 14.

Este é o 47º mês consecutivo de superávit na balança comercial de Goiás. O que demonstra, segundo o secretário Francisco Pontes, o crescente aquecimento da economia goiana.

As exportações em novembro atingiram o valor de US$ 536,4 milhões, que apesar de ter apresentado expressivo crescimento se comparado ao mesmo período do ano passado (73,31%), teve um decréscimo de 7,61% em referência ao mês de outubro. As carnes representaram 21,53% do total exportado, obtendo o primeiro lugar o ranking dos produtos exportados.

Quanto às importações observa-se um aumento de 27,35%, em relação ao mês anterior, e 8,25% em relação a novembro de 2016. O crescimento nas importações também é visto como algo positivo pelo secretário de Desenvolvimento. “Percebemos que os empresários estavam inseguros em realizar novos investimentos e este aumento na importação de produtos, principalmente farmacêuticos demonstra que o setor produtivo começa a se sentir mais seguro para aumentar a produção e fazer novos investimentos”, avalia.

Saldo

No acumulado de janeiro a novembro deste ano o saldo comercial acumulou superávit de US$ 3,5 bilhões, superando o saldo do mesmo período do ano passado que acumulou US$ 3 bilhões.

As exportações neste ano tiveram um crescimento de 16,95% se comparado aos resultados de janeiro a novembro de 2016. O saldo das exportações no acumulado deste ano, até o mês de novembro, já soma US$ 6,4 bilhões, a expectativa da superintendência de Comércio Exterior da SED é ao final de 2017 este resultado chegue aos US$ 7 bilhões.

As importações no acumulado deste período tiveram um acréscimo de 19,27% em relação a igual período do ano passado, totalizando US$ 2,9 bilhões.

Produtos e destinos

No mês de novembro, Goiás exportou 285 diferentes produtos para 104 países e importou 1312 de 69 países.

O ranking dos produtos exportados teve carnes em primeiro lugar, com US$ 115,4 milhões, com maior participação da carne bovina que, em comparação ao mesmo período em 2016, apresentou um crescimento de 36,95% enquanto as demais apresentaram retração.

Em segundo lugar o Complexo de Soja representou 18,47% dos produtos exportados, seguido por Complexo de Milho (12,63%). A boa safra de grãos, segundo Francisco Pontes, também refletirá positivamente também na balança de janeiro.

No ranking ainda temos ferroligas (9,78%), Sulfeto de Cobre (9,61%), Açúcar (9,07%) e Ouro (5,77%), seguidos por: Couros e derivados (2,93$), Algodão (2,74%), Máquinas e equipamentos e aparelhos elétricos e mecânicos (2,21%) e Amianto (1,20%).

A China aparece novamente como o principal destino dos produtos goianos, com uma participação de 15,48% do total exportado. Em segundo lugar, entre os principais destinos, vem a Índia e Países Baixos (Holanda) representando 9,93% respectivamente, Rússia (4,84%), Espanha (4,62%), Itália (3,86%), Vietnã (3,64%), Estados Unidos (3,58%), Hong Kong (3,42%) e Irã (3,38%).

Importações

Nas importações, o primeiro lugar no ranking foram os Produtos Farmacêuticos que somaram US$ 101,2 milhões, com participação de 38,55% do total das importações goianas. Veículos automotivos, tratores, ciclos e outros veículos e suas partes aparecem em segundo lugar, representando 14,13%. Em terceiro lugar, apareceram os Adubos com participação de 8,72%, seguidos pelos produtos Químicos Orgânicos (8,45%), Reatores Nucleares, Caldeiras, Máquinas e Aparelhos e Instrumentos Mecânicos (8,22%).

Goiás importou principalmente dos Estados Unidos, que representou 18,57% do total das importações, seguido pela Alemanha (13,96%), Japão (11,04%), China (9,63%), Coreia do Sul (7,91%), Tailândia (4,07%), Índia (3,93%), Itália (2,83%), Espanha (2,61%) e Hungria (2,49%).

 

Goiás Agora, 15/12/2017

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