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Empresas russas entram no negócio de fertilizantes em Angola

Trata-se das empresas “Uralkali” (líder mundial da indústria de cloreto de potássio) e a empresa “Uralchem”, segundo maior produtor mundial de amónio, que mostraram-se disponíveis e interessadas em fornecer estes fertilizantes, indispensáveis à produção agrícola.

O fornecimento dos fertilizantes vai depender da negociação entre os importadores/produtores e os fornecedores de adubos.

Para a concretização deste objetivo, o Ministério da Agricultura e Florestas (MINAF) juntou nesta terça-feira, em Luanda, os empresários e operadores do setor agrícola de Angola e da Rússia para troca de experiências e negociar o processo de aquisição de insumos agrícolas.

Na ocasião, o diretor da Unidade Técnica para o Apoio ao Investimento Público (UTAIP), António Sozinho, disse que o encontro entre os empresários enquadra-se na estratégia traçada pelo Executivo angolano, que visa aumentar a oferta de insumos e baixar cada vez mais os preços praticados atualmente no mercado nacional.

Na sequência dessa estratégia, reiterou, o Governo tem facilitado o contato e as negociações com os principais países produtores de fertilizantes de modo que os importadores adquiram diretamente essa matéria-prima dos fornecedores a preços acessíveis, sem passar por nenhum intermediário.

“Trouxemos essas grandes empresas por serem as líderes na produção dos adubos simples (cloreto de potássio e o amónio), que vão ajudar a alavancar a produtividade nacional”, referiu.

Recordou que a estratégia adoptada pelo Executivo angolano trouxe resultados satisfatórios na minimização de custos e facilidade de obtenção dos fertilizantes.

A título de exemplo, em 2016 Angola importou cerca de 112 mil toneladas de fertilizantes, que custou aos cofres do Estado aproximadamente 103 milhões de dólares norte-americanos, mas na presente campanha agrícola o Governo gastou pelo menos USD 85 milhões para adquirir 150 mil toneladas, de acordo com o director da UTAIP.

Avançou que o MINAF continua a trabalhar na criação de condições para que nos próximos dois ou três anos os produtores destes fertilizantes, em parceria com os empresários angolanos, possam instalar as primeiras fábricas de mistura de adubos, deixando de importar estes produtos.

 

África 21 digital, 14/11/2017

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