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Fábrica de Três Lagoas poderia ajudar a amenizar falta de fertilizantes no Brasil

O Brasil enfrenta custos elevados e dificuldades para comprar os fertilizantes que são usados principalmente na produção agrícola.

O produto chega a responder por até um terço do custo operacional da soja e do milho, por exemplo.
Com uma estrutura virando sucata há sete anos, uma Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), localizada em Três Lagoas, poderia suprir pelo menos parte dessa demanda.

A projeção é de que a indústria bilionária localizada em Três Lagoas teria capacidade de produção de 3.600 toneladas de ureia e 2.200 de amônia por dia. A continuidade no projeto poderia pelo menos suprir parte da demanda do Estado e do País.

A UFN3, que poderia ser parte da solução, está abandonada desde 2014. Conforme adiantado pelo Correio do Estado na edição do dia 3 de novembro, a sinalização da redução na produção de gás natural pela Bolívia pode terminar de inviabilizar o projeto. A fábrica tinha como principal matéria-prima o gás natural vindo do país vizinho.
A fábrica integrava um consórcio composto por Galvão Engenharia, Sinopec (estatal chinesa) e Petrobras. Quando foi lançada, estava orçada em R$ 3,9 bilhões.

Com a valorização do câmbio, o aumento dos preços do frete internacional e a escassez de matéria-prima, o preço dos principais fertilizantes utilizados na agricultura brasileira tiveram grandes altas e tem impactado diretamente nos custos da produção agrícola do País, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq / USP).

Somente este ano, o preço do fosfato monoamônico (MAP) ficou 90% mais caro e o da ureia foi reajustado em 70%, conforme informações da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Estudo realizado pela CNA mostra um avanço no custo total da safra 2021/2022 de cerca de 35% nos estados produtores, ante a safra anterior.

Correiodoestado, 08/11/2021
Fonte da Imagem: Unsplash

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