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Fertilizantes entregues ao Brasil caem 1,8% no primeiro semestre

As entregas de fertilizantes no Brasil totalizaram 18,28 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2024, representando uma queda de 1,8% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 18,61 milhões de toneladas. Segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), mesmo diante de desafios logísticos causados por crises geopolíticas e um ritmo atípico de entregas, influenciado pela demora nas compras dos produtores rurais, as importações seguem abastecendo o setor agrícola.

Em junho de 2024, foram entregues 4,04 milhões de toneladas de fertilizantes, uma redução de 1,8% em relação ao mesmo mês de 2023, quando o volume foi de 4,11 milhões de toneladas. Mato Grosso, estado líder nas entregas, concentrou o maior volume nos primeiros seis meses do ano, com 4,05 milhões de toneladas, equivalente a 22,2% do total. Em seguida, destacam-se Paraná (2,29 milhões), São Paulo (2,11 milhões), Goiás (1,74 milhão), Minas Gerais (1,56 milhão), Rio Grande do Sul (1,49 milhão) e Bahia (1,36 milhão).

A produção nacional de fertilizantes intermediários em junho de 2024 atingiu 582 mil toneladas, um crescimento de 26,8% em comparação com o mesmo mês de 2023. No entanto, o acumulado do primeiro semestre registrou 3,06 milhões de toneladas, uma queda de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior, que totalizou 3,19 milhões de toneladas. Durante a abertura do Congresso Brasileiro de Fertilizantes (CBFer), em 27 de agosto, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou a importância dos fertilizantes para o Brasil, classificando-os como “produto de segurança nacional”. Ele ressaltou as metas de aumento da produção nacional e a necessidade de reduzir a dependência externa, que atualmente gira em torno de 85%. Entre as medidas anunciadas, está a simplificação do processo de licenciamento ambiental de biofertilizantes, que será realizado diretamente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

Agrolink, 10/09/2024.

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