Mercado

Fertilizantes tem resultado positivo, mas produção industrial mato-grossense encerra 2016 com queda

O setor industrial de Mato Grosso encerrou 2016 com queda de 1,1% em relação ao ano anterior, conforme dados divulgados ontem por meio dos Indicadores Conjunturais da Indústria, do IBGE. Mas o ano não foi ruim apenas para as plantas mato-grossenses, dos 15 estados acompanhados pelo Instituto, em 14 deles o ano fechou em retração, com exceção do Pará. 

No indicador acumulado para o período janeiro-dezembro de 2016, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional registrou com quatro estados com resultado superior à média nacional (-6,6%): Espírito Santo (-18,8%), Amazonas (-10,8%), Pernambuco (-9,5%) e Goiás (-6,7%). Minas Gerais (-6,2%), São Paulo (-5,5%), Ceará (-5,2%), Bahia (-5,2%), Paraná (-4,3%), Rio de Janeiro (-4,1%), Rio Grande do Sul (-3,8%), Santa Catarina (-3,3%), Região Nordeste (-3,1%) e Mato Grosso (-1,1%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos no fechamento dos 12 meses do ano. Por outro lado, Pará (9,5%) assinalou o único avanço no índice acumulado no ano. Já o país, encerrou o exercício com -6,6%. 

Como detalham os analistas do IBGE, em dezembro de 2016, a produção industrial do Mato Grosso recuou 2,3% na comparação com igual mês do ano anterior, após avançar 0,9% em novembro último, quando interrompeu quatro meses consecutivos de queda na produção nesse tipo de comparação. Na análise trimestral, o quarto trimestre do ano (-8,2%) assinalou recuo menos intenso do que o observado no período julho-setembro de 2016 (-10,3%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. O índice acumulado de janeiro a dezembro de 2016 apontou redução de 1,1%, primeiro resultado negativo da série histórica iniciada em 2013, todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 1,1% em dezembro de 2016, prosseguiu com a clara perda de ritmo iniciada em maio (6,7%). 

Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria do Mato Grosso recuou 2,3% em dezembro de 2016, com três dos seis setores investigados mostrando queda na produção. Os impactos negativos mais relevantes foram assinalados pelos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-69,4%) e de produtos alimentícios (-1,8%), pressionados, principalmente, pela menor fabricação de álcool etílico, no primeiro e de carnes de bovinos congeladas, óleo de soja em bruto e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, no segundo. Por outro lado, as atividades de produtos de madeira (16,7%) e de outros produtos químicos (19,8%) apontaram as influências positivas mais importantes sobre o total da indústria, impulsionadas, em grande parte, pela maior fabricação de madeira serrada, aplainada ou polida, na primeira e de adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) e adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio, na segunda. 

No índice acumulado do período janeiro-dezembro de 2016, o setor industrial do Mato Grosso recuou 1,1% frente a igual período do ano anterior.

 

Diário de Cuiabá, 08/02/2017

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo