Mercado

Governo argentino anuncia redução nas taxas de importação para a ureia

O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, anunciou esta tarde a redução das tarifas de importação de insumos estratégicos do campo, como os fertilizantes.

Segundo o responsável, para “melhorar” a competitividade do campo, serão eliminadas as tarifas aplicadas à ureia e as suas misturas com nitrato de amônio, que atualmente se situam em 5,4 e 3,6%.

A medida se dá em um momento crítico para a Argentina, pois faltam quatro semanas para o início da semeadura de trigo no país. A cultura, possui um cenário atual de preços mais baixos, diversas entidades alertam que haverá prejuízos para os produtores rurais arrendados. A Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), por exemplo, alertou na semana passada que nas terras arrendadas na zona central a margem líquida (após o pagamento de impostos) é negativa em 90 dólares por hectare.

Vale ressaltar, no caso da ureia, entre 60 e 70% da necessidade do mercado, dependendo do ano, é atendida pela Profertil, empresa onde a YPF, estatal petroquímica da Argentina, tem metade do capital.

“Essa medida implicará um impacto direto nos produtores agrícolas de todo o país e soma-se aos benefícios gerados pelo ordenamento das variáveis ​​econômicas, que permitiram que o custo destes insumos fundamentais para o produtor agrícola caísse de 830 dólares desde 15 de fevereiro nos EUA, até US$ 570 hoje”, disse o ministro.

No ano passado, segundo a Fertilizar Asociación Civil, o mercado argentino exigiu um total de 4,58 milhões de toneladas de fertilizantes, 4% a menos do que em 2002. Quanto a distribuição por produto, em 2023, de acordo com a associação, “56% corresponderam a produtos nitrogenados, seguidos de produtos fosfatados. 37%, enxofre com 3%, potássio com 1% e os restantes 2% para outros grupos.”

Segundo dados da Fertilizar, na Argentina, em toneladas específicas de ureia, foram aplicadas 2,03 milhões de toneladas (em trigo, milho e outras culturas).

Lanacion, 16/04/2024.

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