Impacto do ano novo chinês e tarifas comerciais no mercado de Molibdênio

O feriado de ano novo na China impactou o cenário do Molibdênio nas últimas semanas, visto que os estoques aumentaram ligeiramente após a maioria das empresas que consomem o produto, anteciparem suas compras do metal no início de fevereiro devido ao feriado. Algumas empresas utilizaram do período das festividades para realizar manutenções e, consequentemente, paralisaram suas produções, afetando a oferta do Molibdênio no mercado e negociações de compra.

Após o fim do feriado na quinta-feira dia 12/02, o mercado se movimentou novamente com algumas licitações de siderúrgicas, que foram impactadas pelas especulações do presidente Trump, em relação a imposição das taxas de 10 e 15% sobre produtos chineses. Em resposta, a China anunciou controle de exportação sobre alguns metais, entre eles o Tungstênio e o Molibdênio.

No início de fevereiro, a China já havia imposto outras novas taxas aos Estados Unidos, entre elas 10% sobre o petróleo bruto e 15% no carvão e gás natural liquefeito, além de restringir a exportação de alguns automóveis e equipamentos agrícolas. Alguns dias após a declaração, o presidente Trump anunciou tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, independentemente de sua origem, gerando especulações em torno do mercado internacional.

O mercado do aço possui ligação direta com o mercado do Molibdênio, já que grande parte desse setor utiliza Molibdênio para a produção de ligas de aço e superligas, pois o Molibdênio possui o sexto maior ponto de fusão da tabela periódica, conferindo dureza às ligas. No entanto, o preço do aço ainda permanece mais baixo, impactando as margens de negociação das ligas ferromolibdênio.

Apesar da oferta restrita pelas baixas temperaturas do inverno chinês e demanda desaquecida, em comparação com fevereiro do ano passado, os preços do Molibdênio na LME registraram um aumento de 4,1%. Em fevereiro, o Trióxido de Molibdênio registrou um valor de importação de US$ 29,15 mil/t, apresentando um aumento de 3,4% em relação a janeiro, refletindo os preços mais altos do mercado internacional conectado com a oferta desaquecida na China.

GlobalFert, 10/03/2025.