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Interrupção na produção de Cobre ainda pressiona oferta e impulsiona preços

Em junho, os preços do Cobre atingiram novos picos na LME, impulsionados por preocupações com a oferta. No dia 10, o metal chegou a US$ 9.768/t, refletindo as tensões após a suspensão parcial da produção na mina Kamoa-Kakula (República Democrática Congo), uma das maiores e mais puras fontes de concentrado de Cobre do mundo e de propriedade conjunta da Ivanhoe Mines Ltd. e do grupo Zijin Mining.

O terremoto ocorrido em 18 de maio causou inundações que paralisaram parte das operações, levando a uma revisão na meta anual de produção: de até 580 mil toneladas para, no máximo, 420 mil. Essa interrupção impactou diretamente o mercado, gerando uma rara taxa de refino negativa e pressionando ainda mais a oferta global.

Apesar do alto teor de Cobre do concentrado da mina (até 50%), sua pureza traz desafios operacionais para fundições convencionais, exigindo misturas com minérios de menor qualidade. A fim de reduzir sua dependência de fundições terceirizadas, a Ivanhoe Mines planejava iniciar uma fundição própria em junho de 2025, mas o projeto foi adiado para setembro, com início da produção prevista para outubro — o que deve reduzir a fundição anual em 65 mil toneladas.

Impulsionados pela pressão sobre a oferta, pela queda contínua do índice do dólar e pela demanda crescente de setores ligados à “energia verde”, como o de veículos elétricos, os preços do Cobre na Bolsa de Londres atingiram a marca de US$ 10.000/t no final de junho e início de julho e a perspectiva é de que não haja quedas significativas no curto prazo.

GlobalFert, 03/07/2025.

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