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IPP desacelera e sobe 0,67% no mês

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que vinha acelerando desde a queda de 0,28% em julho, subiu menos em outubro, para 0,67%, após alta de 0,95% em setembro. No mês passado, o indicador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi influenciado pela forte desvalorização cambial, de 5%, mas houve desaceleração nos preços de atividades que têm grande peso na formação do IPP, resultando em taxa menor.

Entre essas atividades com peso no IPP que subiram, mas de forma mais intensa, estão metalurgia (de 2,38% para 0,48%), veículos automotores (de 1,69% para 0,61%) e outros produtos químicos (de 1,17% para 0,94%). Os preços na fabricação de máquinas e equipamentos caiu 0,06% em outubro. Refino, que também tem grande peso na formação do índice, recuou 0,32%. “É esse movimento nessas atividades que geraram uma taxa menor em outubro do que em setembro”, afirmou o gerente do IPP, Alexandre Brandão.

Os setores com maior alta de preços em outubro foram os mais afetados pelo câmbio: fumo (3,63%), outros equipamentos de transporte (3,44%), madeira (3,43%), calçados e artigos de couro (1,50%) e papel e celulose (1,30%). Das atividades que geralmente têm maior peso, apenas alimentos e outros produtos químicos tiveram taxas superiores às da indústria de transformação.

Brandão explicou que quem puxou os preços de outros equipamentos de transporte para cima foi o item avião. O grupo alimentos teve alta nos derivados da soja, em entressafra, e do suco concentrado de laranja, devido ao câmbio.

Outros produtos químicos teve etileno com sinal negativo em outubro. Adubos e fertilizantes subiram em função do plantio de soja. Em veículos, caminhões lideraram a alta de preços, mais por reposicionamento das empresas do que por aumento da demanda, afirmou.

Valor Econômico, 28/11/2014

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