Mosaic Company tem prejuízo de US$ 162 milhões no segundo trimestre
A Mosaic Company fechou o segundo trimestre com prejuízo líquido de US$ 162 milhões em comparação com o lucro líquido de US$ 369 milhões de 2023.
Os dados, que foram divulgados em relatório pela companhia, mostram que no período a empresa fechou a receita em US$ 2,8 bilhões, uma retração de 17% em relação ao mesmo período do ano passado.
No balanço divulgado aos investidores, a empresa atribui os resultados a “impostos de itens notáveis em um total de US$ 334 milhões, principalmente devido a perdas em transações em moeda estrangeira, perdas não realizadas em derivativos e um impacto de imposto retido na fonte”.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou em US$ 584 milhões, um recuo de pouco mais de 27% em comparação aos US$ 744 milhões no segundo trimestre de 2023.
De acordo com a empresa, a repetição de resultados negativos está relacionada aos preços mais baixos dos insumos. A taxa de margem bruta no segundo trimestre foi de 14%, três pontos percentuais a menos na comparação anual, mostra o balanço da companhia.
A Mosaic, entretanto, informou que aumentou sua produção de fosfato e que reiniciou sua mina Colonsay em julho para compensar as próximas paralisações da planta de potássio Esterhazy, ambas no Canadá, e para atender às perspectivas de demanda por fertilizantes.
“Aumentamos sequencialmente nosso volume de produção de fosfato, melhoramos custos em todos os segmentos, concluímos projetos de crescimento em nossos negócios de potássio e fosfato e estamos no caminho certo para alcançar nosso investimento e outras metas de redução de custos”, afirmou o CEO da empresa, Bruce Bodine.
O segmento recém-lançado de bioinsumos alcançou 5 milhões de acres de cobertura no Norte e América Central na safra de 2024, mas ainda não foi disponibilizado os rendimentos com o segmento.
A empresa também afirmou que haverá retorno de capital acumulado no ano para os acionistas de US$ 298 milhões, incluindo US$ 160 milhões em ações de recompra.
Para 2024, a companhia prevê estoques baixos para cereais e sementes de soja, mas espera uma recuperação econômica que gere apetite do produtor. A Mosaic está mais otimista com o La Niña, cujos efeitos podem ser favoráveis no Sudeste Asiático, na Índia e no Brasil.
Apesar dos preços dos grãos estarem pressionados, a empresa diz que as cotações dos fertilizantes favorecem a boa relação de troca. A maior demanda norte-americana para a safra de verão e uma aceleração na demanda sazonal do Brasil pode equilibrar o cenário.
“As restrições globais ao fornecimento de potássio deverão continuar a diminuir este ano, à medida que vemos maiores exportações da Bielorrússia e Rússia. Contudo, os recentes acordos contratuais na China e na Índia deverão estimular ainda mais as atividades de compra no Sudeste Asiático e Índia”, explica o balanço.
Globo Rural, 07/08/2024.