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Petrobrás avalia importar gás natural da Argentina

A Petrobras avalia três possíveis rotas para importar gás natural de um dos maiores campos do mundo, Vaca Muerta, na Argentina, disse Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, em entrevista exclusiva ao estúdio epbr durante a CERAWeek, da S&P Global, no Texas (EUA).

A primeira opção avaliada pela estatal é trazer o gás por meio do gasoduto Bolívia-Brasil, revertendo o fluxo atual do gasoduto Norte, na Argentina. Com a produção boliviana em queda, a tendência é que fique vazio ao fim desta década.

“A vida não é tão fácil assim, porque não tem acordos entre os argentinos, os bolivianos. O argentino gostaria de passar o gás pelo gasoduto da Bolívia, os bolivianos querem comprar o gás da Argentina e vender ao Brasil. Mas eu acho que nada que a gente não possa sentar os três países e tentar pensar uma solução”, explicou Tolmasquim.

Caso não haja um acordo, uma opção é enviar o gás para a região Sul por meio de uma extensão do gasoduto Presidente Néstor Kirchner, que tem hoje um trecho concluído, de Vaca Muerta até Buenos Aires.

Para chegar ao Brasil, teria que ser construída a segunda etapa, de 467 km, até a província de Santa Fé – que ainda não foi licitada – e mais um terceiro trecho ligando os dois países.

Uma alternativa é liquefazer o gás natural na Argentina e enviar o gás natural liquefeito (GNL) por navio até terminais na costa brasileira.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu na última terça-feira (19/3), em entrevista exclusiva ao estúdio epbr, a importação de gás da Argentina como maneira de garantir a segurança energética brasileira.

epbr, 27/03/2024.

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