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Brazil Potash fecha contrato para 900 mil t/ano de potássio

A Brazil Potash anunciou a assinatura de um contrato definitivo de fornecimento de longo prazo com a Keytrade Fertilizantes Brasil, subsidiária da suíça Keytrade AG, uma das maiores tradings globais de fertilizantes. O acordo prevê a compra de até 900 mil toneladas anuais de potássio provenientes do Projeto Autazes, no Amazonas.

O contrato, válido por dez anos, foi firmado no modelo take-or-pay, o que garante o compromisso de compra independentemente da demanda. Com essa negociação, a empresa alcança aproximadamente 1,45 milhão de toneladas anuais já contratadas, somando-se ao acordo firmado anteriormente com a Amaggi. Isso representa cerca de 60% da capacidade planejada de produção, estimada em 2,4 milhões de toneladas por ano.

Segundo o CEO da Brazil Potash, Matt Simpson, os contratos de longo prazo dão maior previsibilidade de receita e segurança para o financiamento e construção do empreendimento. “Esse marco consolida nosso avanço comercial e garante uma base sólida para viabilizar o projeto”, afirmou.

Já o CEO da Keytrade Fertilizantes Brasil, Anthony Jezzi, destacou que o acordo fortalece o abastecimento interno e contribui para reduzir a dependência de importações. “Estamos orgulhosos de incluir o potássio brasileiro em nosso portfólio e de apoiar o crescimento sustentável da agricultura no país”, disse.

Principais pontos do contrato:

  • Volume: Keytrade comprará entre 30% e 37% da produção anual da Brazil Potash, até o limite de 900 mil t/ano.
  • Prazo: duração de 10 anos, alinhada às exigências de financiamento do projeto.
  • Preço e receita: inclui taxa de marketing para a Keytrade e cláusula de compartilhamento de lucros.
  • Escalonamento: entregas começam junto ao início da produção, crescendo conforme o aumento da capacidade.
  • Financiamento: o contrato permite a cessão de recebíveis a instituições financeiras, reforçando a estrutura de captação de recursos.

Com este acordo, a Brazil Potash já garantiu contratos que cobrem cerca de 60% da produção planejada e negocia com outro parceiro que pode elevar esse percentual para 91%. O restante será destinado ao mercado spot, dando flexibilidade para atender produtores e ajustar volumes em períodos de manutenção.

A iniciativa também está alinhada ao Plano Nacional de Fertilizantes, ao fortalecer a cadeia de suprimentos local e reduzir a vulnerabilidade do Brasil, que em 2021 importou mais de 95% do potássio utilizado.

Brazil Potash, adaptado GlobalFert, 21/08/2025.

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