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Demanda fraca afeta resultado da Potash no terceiro trimestre

A Potash Corporation anunciou uma queda generalizada nas vendas de fertilizantes no terceiro trimestre deste ano. Segundo informou nesta manhã, a companhia canadense viu a comercialização de insumos recuar para 700 mil toneladas nos Estados Unidos, contra o recorde de 1 milhão de toneladas registrado no mesmo período de 2012. Nos mercados internacionais, como China, Índia e Rússia, o recuo ano-a-ano foi de 1,1 milhão de toneladas para 800 mil.

A empresa relatou lucro líquido de US$ 356 milhões nos três meses, contra US$ 645 milhões no mesmo período do ano passado. No acumulado dos nove meses do ano, o lucro líquido da companhia de fertilizantes canadense foi de US$ 1,555 bilhão na comparação com US$ 1,658 bilhão de 2012.

Com isso, os ganhos por ação ficaram em US$ 0,41 no trimestre, contra US$ 0,74 no terceiro trimestre de 2012, e em US$ 1,77 nos nove primeiros meses do ano, contra US$ 1,89 no mesmo intervalo do ano passado – neste caso ajudados pelo bom desempenho do primeiro semestre.

O Ebtida da companhia canadense foi de US$ 654 milhões no período e de US$ 2,7 bilhões nos nove primeiros meses do ano. O fluxo de caixa das atividades operacionais foi de US$ 616 milhões no trimestre, menos que os US$ 759 milhões do mesmo período do ano passado, e de US$ 2,6 bilhões nos nove meses (o segundo melhor desempenho da companhia para este período).

Segundo a empresa, os investimentos na Arab Potash Company (APC), na Jordânia, na Sociedad Quimica y Minera de Chile S.A. (SQM), no Chile, e na Israel Chemical Ltd. (ICL) contribuiram com US$ 85 milhões aos ganhos trimestrais e com US$ 251 milhões em nove meses.

O comunicado afirma que a necessidade por nutrientes do solo impulsionou a demanda no primeiro semestre, mas o anuncio de mudanças na Uralkali, no fim de julho, criou incertezas no mercado e estancou a demanda global.

“O terceiro trimestre pode ser caracterizado como uma resposta previsível a um evento imprevisível”, disse o CEO Bill Doyle. “Como vimos no passado, os consumidores de fertilizantes enfrentaram as incertezas com extrema cautela. Isso ocorreu principalmente nos mercados externos, onde volumes significativos de compras foram adiados”. Segundo o executivo, embora o quadro não altere os fundamentos de longo prazo para a demanda por fertilizantes, ele “desacelerou de forma significativa as atividades do mercado e nossa habilidade em entregar resultados esperados”.

Apesar de o Brasil continuar demandando fertilizantes, os embarques feitos pelos Estados Unidos recuou para um dos patamares trimestrais mais baixos na história recente, informou a Potash.

Valor Econômico, 24/10/2013

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