Negócios

Empresa de fertilizantes Uralkali anuncia novo CEO

A gigante russa produtora de potássio Uralkali nomeou como novo CEO Dmitry Osipov, um gestor da Uralchem, cujos proprietários compraram recentemente uma grande participação na empresa de fertilizantes.

Osipov, de 47 anos, assumirá o cargo na terça-feira substituindo Vladislav Baumgertner, que está detido desde agosto depois que rompeu a parceria comercial com a Belaruskali, da Bielorrússia.

“Nós esperamos que Vladislav esteja bem neste momento desafiador. Continuamos a acreditar em sua inocência e esperamos que os problemas serão resolvidos o mais rápido possível”, disse o presidente do conselho de administração da Uralkali, Alexander Voloshin.

A mudança na gestão vem dias depois de a Uralchem fechar um acordo para comprar uma participação de 20% na Uralkali e no mesmo dia em que o magnata Mikhail Prokhorov anunciou ter adquirido 27% da companhia.

A transferência de parte da empresa segue um período de desordem no mercado global de potássio —estimado em US$ 22 bilhões —, que começou em julho depois de a Uralkali deixar a parceria com a Belaruskali, em uma trading que controlava cerca de 40% das vendas do nutriente para fertilizantes. O fim da parceria provocou a queda dos preços internacionais do potássio.

Baumgertner foi preso na Bielorrússia em agosto sob a acusação de abusar de seu poder como chefe da parceria agora extinta. A Uralkali tem rejeitado firmemente que o caso tenha motivação política.

O colapso da parceria enfureceu as autoridades da Bielorrússia, que conta com o potássio para uma grande parte de sua receita de exportação. E o presidente do país exigiu que os principais proprietários da Uralkali vendessem suas participações antes de qualquer possibilidade de reconciliação.

No mês passado, os principais donos da Uralkali concordaram em vender participações e Baumgertner foi levado à Rússia logo depois, já que ele estava preso na Bielorrússia. Ele permanece em prisão domiciliar em Moscou, enquanto aguarda julgamento, embora analistas políticos suspeitem que as acusações contra o ex-CEO da empresa serão abandonadas ou que ele não irá permanecer na prisão caso seja condenado.

Valor Econômico, 26/12/2014

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