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MS projeta que até março nova empresa adquira e retome as obras de fábrica de fertilizantes

O governo de Mato Grosso do Sul projeta que até março de 2018 a Petrobras tenha concluído a venda da fábrica de fertilizantes (UFN III) que estava construindo em Três Lagoas, no leste do estado, e que a nova compradora já esteja em condições de retomar a construção do empreendimento, que está com 80% das obras finalizadas.

A previsão foi feita nesta segunda-feira (25), pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, em entrevista ao Bom Dia MS, da TV Morena.

A Petrobras anunciou que estava colocando a fábrica em construção à venda no dia 11 de setembro. Verruck destacou que a unidade é estratégica para Mato Grosso do Sul sob vários pontos de vista. O primeiro, é dos fertilizantes que vai produzir. “A unidade vai produzir ureia, amônia e gás carbônico, três produtos muito importantes para a produção agrícola de Mato Grosso do Sul e para o próprio país”, destacou.

O segundo é o da matéria-prima que será utilizada pela planta, gás natural. “No edital de venda, a Petrobras destacou que não vai se responsabilizar pelo fornecimento de gás para a planta. Então a nova compradora vai ter que fazer um contrato com a fornecedora boliviana. E o consumo vai ser expressivo, 2,2 milhões de metros cúbicos por dia. Quando estiver em operação, vai representar um aumento da arrecadação do estado com o ICMS do gás boliviano”, explicou.

Outro aspecto destacado por Verruck é o da movimentação da economia local. Ele lembrou que na construção da planta, o consórcio responsável pela obra não pagou cerca de R$ 36 milhões a mais de 100 pequenas e médias empresas de Três Lagoas e região que foram fornecedores de produtos e serviços. Essas empresas entraram na Justiça contra o consórcio e a Petrobras para receberem os atrasados.

“Com certeza para retomarem as obras, os novos compradores vão precisar de produtos locais e vão ter que contratar essas pequenas e médias empresas da cidade”, destacou.

O último aspecto é o da própria geração de empregos na construção do empreendimento. Em agosto, com a conclusão das obras da segunda linha da fábrica de celulose da Fibria, o município de Três Lagoas registrou o pior saldo entre contratações e demissões do estado, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com – 997 vagas.

“Com a retomada das obras da fábrica de fertilizantes e também da Eldorado (indústria de celulose) a expectativa é que ocorra o aumento de número de contratações na construção civil do município”, concluiu o secretário.

 

G1, 25/09/2017

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