Pacific Potash levanta US$ 9,5 mi com estatal chinesa para projeto de potássio no Amazonas

A Pacific Potash assinou um memorando de entendimento (MoU) não vinculativo com uma empresa estatal chinesa. A companhia asiática vai comprar debêntures conversíveis em ações ordinárias da Pacific no valor de US$ 9,5 milhões.

Nos termos propostos pelo acordo, a companhia asiática poderá converter os títulos, que não são garantidos, ao valor de US$ 0,37 por ação.

A captação não poderá exceder 19,9% das ações emitidas pela Pacific, durante o tempo de conversão dos direitos previstos pelo MoU. As debêntures conversíveis serão remuneradas a uma taxa de 5% ao ano, pagáveis semestralmente.

A mineradora levantou, até o momento, um US$ 15,6 milhões para dar sequência em seu plano de negócios no projeto de potássio que controla no Amazonas. O nome da estatal chinesa não foi divulgado pela empresa canadense.

A Pacific controla a mina de potássio em Itacoatiara, a cerca de 100 quilômetros de Manaus. As reservas de silvinita vão ser utilizadas para a produção de cloreto de potássio.

A mineradora cancelou, no dia 25, a fusão que estava sendo estudada com a Cowley Mining, que detém direitos de potássio, bauxita e ouro no estado do Amazonas.

Balbir Johal, co-presidente do conselho e diretor da Pacific Potash, disse que a Pacific entendeu que uma parceria com a estatal chinesa seria mais interessante do que a fusão com a Cowley.

“Esse MoU cria estímulos maiores para nossos acionistas em função do tamanho e da menor diluição do financiamento. Agora, nós estamos totalmente financiados para uma descoberta potencial em uma bacia de classe mundial”, afirmou Johal.

A maior parte das licenças ambientais da Cowley no Amazonas são de ouro e bauxita. O objetivo da Pacific em fundir com a empresa era aumentar sua participação no estado brasileiro.

A campanha de sondagem da Pacific vai ser realizada em seis furos de exploração, atingindo uma profundidade mínima de 1,5 mil metros, a um custo aproximado de US$ 11,45 milhões.

“A sondagem vai começar na próxima semana, sob o comando de nosso CEO e chefe de geologia, André Costa, que trabalhou na bacia de potássio do Amazonas nos últimos seis anos e já descobriu diversas jazidas de potássio economicamente viáveis”, disse Johal.

Notícia de Mineração Brasil, 29/10/2013