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Petrobras anuncia venda da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas, MS

A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (11), que deu início ao processo de venda da Unidade de Fertilizantes III (UFN-III) em Três Lagoas, região leste de Mato Grosso do Sul. A fábrica é um dos maiores investimentos no estado e as obras pararam há quase três anos. A construção está 80,95% concluída e não tem previsão de término.

Segundo a Petrobras, a iniciativa faz parte da estratégia de saída integral da produção de fertilizantes, conforme divulgado no Plano de Negócios e Gestão 2017-2021.

A indústria será vendida em conjunto com a empresa Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), que opera em Araucária (PR).

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou prejuízo aos cofres públicos de R$ 155 milhões, o que representa 5% do valor contratado, de R$ 3,1 bilhões. Esse dinheiro foi adiantando, segundo o Ministério Público Federal (MPF), ao consórcio responsável pela obra sem qualquer contrapartida de serviços.

Em agosto, o MPF ajuizou ação de improbidade administrativa contra ex-diretores da Petrobras e das empresas por irregularidades na construção da UFN-III. O MPF pediu, liminarmente, a indisponibilidade de bens dos denunciados e, no final da ação, a condenação dos réus e devido ressarcimento ao erário, suspensão de direitos políticos, proibição de contratar com o poder público e demais penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa.

Sobre a UFN-III

As obras da UFN-III tiveram início em setembro de 2011 e foram interrompidas em dezembro de 2014. De acordo com a Petrobras, as instalações estão preservadas e, com a transferência do ativo para o futuro comprador, as obras para conclusão do empreendimento poderão ser retomadas.

Ainda segundo a Petrobras, a unidade utilizará como matéria-prima gás natural processado, com consumo médio previsto de 2,2 milhões m³/dia. A unidade de amônia terá capacidade para produzir 2.200 toneladas/dia e a de ureia, 3.600 toneladas/dia. Ambos são utilizados pela agricultura no preparo de adubo. A planta será capaz de produzir ainda 290 toneladas/dia de CO2.

 

G1, 11/09/2017

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