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Empresa dinamarquesa pretende investir em fábrica de fertilizantes

A companhia dinamarquesa Haldor Topsoe, líder mundial em catalisadores e ciência de superfícies, pretende investir em Angola dois mil milhões de dólares numa fábrica de fertilizantes, capaz de produzir dois milhões de toneladas por ano, para abastecer o país e a região austral.

O presidente da companhia, Bjerne S. Clausen, foi recebido ontem pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço. A Haldor Topsoe pretende aproveitar o gás natural como matéria-prima e proporcionar mais de quatro mil empregos diretos. 

Em 2016, Angola importou cerca de 112 mil toneladas de fertilizantes, que custou aos cofres do Estado aproximadamente 103 milhões de dólares, de acordo com dados da Unidade Técnica para o Apoio ao Investimento Público (UTAIP). Na presente campanha agrícola, o Governo gastou pelo menos 85 milhões para adquirir 150 mil toneladas. No mês passado, as empresas russas “Uralkali” (líder mundial da indústria de cloreto de potássio) e a “Uralchem”, segundo maior produtor mundial de amónio, manifestaram igualmente disponibilidade em fornecer fertilizantes, indispensáveis à produção agrícola.

Bjerne S. Clausen disse que o investimento é totalmente privado e aguarda apenas pela cedência do terreno e contratos para o fornecimento de gás natural, que pode vir do Soyo. “Pretendemos que a fábrica esteja localizada na parte norte do país, onde já fizemos uma prospecção”, disse, acrescentando que o ideal é ter um contrato de fornecimento de gás natural para 30 anos e outro de estabilidade de preços, para dar segurança aos investimentos.

“Os únicos materiais que precisámos são o gás natural e a terra, que Angola tem em abundância”, disse Bjerne S. Clausen, sublinhando que recebeu boas garantias do Presidente da República para a implementação do projeto.

 

Jornal de Angola, 05/12/2017

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