Produção

B&A Mineração vende projeto de potássio em Sergipe para a Triumph

A Triumph Tin adquiriu o projeto de potássio Capela, da B&A Mineração, localizado nos Estados de Sergipe e de Alagoas, segundo comunicado da empresa do dia 28 de agosto. A compra de 51% de partipação no ativo da B&A Mineração, empresa criada em 2012 por Roger Angelli e o banqueiro André Esteves, custou cerca de US$ 478 mil dólares.

O anúncio, seguido da aquisição do projeto de fertilizantes Arapuá, em Minas Gerais, veio menos de um mês após a Triumph afirmar que desistiu dos investimentos em Mianmar para privilegiar seus projetos no Brasil.

Segundo dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a transferência dos direitos do projeto Capela foram protocolizados pela B&A no dia 21 de agosto.

O projeto Capela é composto por seis licenças de exploração, ao longo de aproximadamente 11.212 hectares, em uma região rica em depósitos significativos de silvinita e carnalita. O projeto está localizado a cerca de 13 quilômetros ao norte de Taquari Vassouras, da Vale, única mina de potássio em operação atualmente no Brasil.

O projeto Capela foi iniciado pela canadense Rio Verde Minerals, adquirida pela B&A em 2012 e fundida com a empresa brasileira neste ano.

De acordo com a Triumph, alguns dos alvos do projeto serão testados por uma sondagem planejada para dois furos, a uma profundidade de 350 metros. A empresa considera os resultados de um levantamento sísmico 3D, realizado pela B&A e conduzido pela Geoquasar no ano passado, com dados interpretados pela RPS, do Canadá. Dentro de uma área de 20,4 quilômetros quadrados na parte Sul do projeto foram localizados três furos verticais de 235 a 325 metros de profundidade.

Sob os termos do acordo, a Triumph adquiriu, inicialmente, 51% de participação no projeto, com o pagamento de US$ 110 mil na assinatura do contrato e a emissão de 40 milhões de ações no valor unitário de um centavo de dólar australiano.

Até 31 de dezembro de 2014, deverá efetuar o pagamento de US$ 368 mil em ações ordinárias da Triumph. Os 49% restantes podem ser adquiridos, dentro de três anos, após o pagamento de US$ 4,6 milhões.

Procurado pelo NMB, o presidente e CEO da B&A Mineração, Eduardo Ledsham, afirmou que a empresa não tem nada a declarar sobre a informação divulgada pela Triumph.

A B&A Mineração, com a transferências desses seis direitos minerários, passa a ter 162 direitos. Destes, apenas dois são requerimentos de lavra, ambos para fosfato no Pará. Quase todos os direitos se referem a cobre, fosfato, potássio e salgema nos estados de Sergipe, Pará, Maranhão e Bahia.

A B&A Mineração é uma joint venture criada pelo Banco BTG Pactual, de André Esteves, em conjunto com a AGN Participações, do ex-presidente da Vale, Roger Agnelli. Em março do ano passado, a empresa adquiriu integralmente a canadense Rio Verde Minerals, hoje Mineração Rio Verde. No Brasil, de acordo com seu website, a B&A desenvolve um projeto de fosfato localizado no Pará, um projeto de potássio em Sergipe e possui vários outros direitos minerários para exploração de fosfato.

Notícias de Mineração, 09/09/2014

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