Produção

Fosfatos de Cácata em produção em Angola

Os fosfatos produzidos na localidade de Cácata (Cabinda), que começaram a ser explorados, passaram com distinção nos testes de qualidade. O início da exploração representa um passo importante para a produção agrícola.

O ministro da Geologia e Minas procedeu na sexta-feira (14), na localidade de Cácata, Tando Zinze, em Cabinda, ao lançamento do projeto de extração e exploração de fosfatos. Francisco Queirós elogiou a qualidade do fosfato de Cácata, realçando o fato de ser mais farelado do que o fosfato comum que é normalmente mais granulado.

Segundo o ministro, esta característica do fosfato o torna apto a ser utilizado na agricultura com apenas um pequeno tratamento adicional. “O fosfato de Cácata, do ponto de vista do seu tratamento é melhor, em relação ao que está a ser explorado no Zaire”, salientou.

Para Francisco Queirós, existe outra característica do minério explorado em Cabinda que é de permitir que ao ser extraído, pode ser imediatamente exportado para o exterior ou outras regiões do país.

O ministro da Geologia e Minas explicou que terminada a fase de prospecção, iniciada em 2009, as jazidas já se encontram em condições para que a empresa “Mongo Tando” dê início à produção.

A prospecção consistiu na abertura de furos ao longo do perímetro da concessão, para identificar a melhor área onde os fosfatos estão concentrados.

Aldina da Lomba Catembo, governadora de Cabinda, realçou o número de postos de trabalho a serem criados e a grande contribuição para a economia através da exportação do produto, cumprindo assim um dos objetivos do Plano Nacional de Desenvolvimento.

Aldina da Lomba Catembo pediu ao ministro da Geologia e Minas e aos responsáveis da empresa “Mongo Tando” para não transformarem a localidade de Cácata apenas em uma área de exploração de fosfatos, mas que também vejam a possibilidade de instalar uma indústria para a transformação e processamento de fertilizantes. “Queremos que haja na região um desenvolvimento sustentável.” 

Com a produção de fertilizantes no país, muito dinheiro passa a ser poupados pelo governo ao deixar de importar adubos, “produto de extrema importância na atividade agrícola”. O surgimento de investimentos dá garantias de fortalecimento das capacidades locais para se elevar a produção agrícola.

O projeto, orçado em 120 milhões de dólares, possui uma área de concessão de 21,16 quilómetros quadrados, estando calculada a existência de 10,2 milhões de toneladas de rocha fosfatada e com teores de fosfato em torno de 25,3%. A sua produção anual é de 800 mil toneladas de fosfatos.

 

Jornal de Angola, 16/07/2017

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