Produção

Governo vai anunciar divisão societária do gasoduto até dia 31

Reunião realizada ontem em Belo Horizonte serviu para debater uma data para a realização de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais sobre o futuro do gasoduto, que irá transportar gás natural de Betim a Uberaba. O gás servirá para abastecer a planta de amônia a ser construída em Uberaba pela Petrobras. Vale lembrar que uma audiência pública estava marcada para ser realizada ontem, a pedido do deputado estadual Tony Carlos (PMDB), porém, com o anúncio do governador Antonio Anastasia da implantação do gasoduto genuinamente mineiro, o foco da audiência foi modificado e o deputado achou por bem marcar nova data.

Contudo, ontem, Tony esteve reunido com o presidente da Comissão de Política Agropecuária e Industrial, o deputado estadual Antônio Carlos Arantes (PSC), o superintendente de Desenvolvimento de Negócios de Distribuição da Cemig, Sérgio da Luz Moreira, além de uma equipe da Gerência de Análise e Coordenação Legislativa, também da Companhia, composta por Carlos Renato de Almeida, Marcos Barroso de Resende e Paulo Tadeu Ferreira Lott.

O gasoduto ligará o município de Betim a Uberaba, com extensão de, aproximadamente, 457 quilômetros e capacidade para transportar três milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Ao anunciar o empreendimento no último dia 29, o governador Antonio Anastasia afirmou que este será o maior empreendimento já realizado na região do Triângulo Mineiro. A previsão é de que as obras tenham início no próximo ano, com o prazo de duração de dois anos. “É válido lembrar a importância da construção do gasoduto e da fábrica de amônia, que trarão não apenas mais recursos e oportunidades para o Estado de Minas Gerais, mas também mais segurança em âmbito nacional, uma vez que 80% dos fertilizantes atualmente utilizados no Brasil precisam ser importados de outros países”, observou Tony Carlos. “Tal situação gera desconforto e insegurança, já que fatores externos fora do nosso controle podem acarretar o aumento do preço dos fertilizantes importados, ou até mesmo o corte parcial ou total de fornecimento para o país”, ressaltou.

Segundo o deputado, como o foco mudou e a Assembleia entra em recesso no dia 20 de dezembro, retornando em fevereiro, a sugestão é que a audiência aconteça em fevereiro. “Até lá, teremos alguma definição, já que Sergio Moreira disse que o Governo do Estado se comprometeu que, até o dia 31 de dezembro, apresentará a descrição dos participantes no investimento. A Cemig tem 59% das ações da Gasmig, que será responsável pela implantação do gasoduto, a Petrobras, 49%, e a Prefeitura de Belo Horizonte, 1%. A composição será para ver qual a percentagem de cada um no dinheiro. Também está sendo noticiado que o governo mineiro irá congelar os investimentos em 2014 em função do alto nível de endividamento e das perdas da renúncia fiscal da União, porém, Moreira lembrou que a obra do gasoduto não é do governo mineiro e sim da Petrobras e da Cemig e que os investimentos serão feitos com financiamento do BNDES e com aporte financeiro dos acionistas”, disse o deputado.

Tony esclarece, ainda, que o superintendente alegou que a Gasmig está preparada para começar as obras e que Minas começará a “furar o chão” quando a Petrobras assinar o contrato com a Cemig e a Gasmig para o fornecimento de gás para a planta de amônia, e ressaltou que as estatais já estão discutindo este contrato. “Ele me garantiu que o governador não está blefando e que este é o maior projeto do governo e um dos mais importantes do país. E que a Cemig nunca anunciou um projeto que não fosse cumprido”, concluiu. 

Jornal de Uberaba, 11/12/2013

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