Produção

Megaprojeto de potássio recebe concessão de lavra na África

A Circum Minerals recebeu a autorização do Conselho de Ministros da República Federal Democrática da Etiópia para explorar uma das maiores reservas de potássio do mundo, no projeto Potassa, localizado em Danakil, região Noroeste do país. Segundo a Circum, a licença de exploração dá direito para a empresa explorar, por 20 anos, a reserva de 4,9 bilhões de toneladas com 18,1% de cloreto de potássio (KCl).

“Estamos muito satisfeitos de que o governo etíope tenha aprovado a licença de mineração para este projeto da mais alta qualidade. Isso representa um marco significativo para a empresa e para o país”, afirmou Stephen Dattels, presidente e cofundador da mineradora.

Em comunicado, a Circum diz que o acesso à reserva de potássio compatível com NI 43-101, uma norma canadense que regulamenta o conceito de reserva e recurso, contidos em 365 quilômetros quadrados da área licenciada pode ser renovada, indefinidamente, por outros períodos de 10 anos, desde que exista viabilidade financeira.

A licença permite a exploração de minerais que contêm potássio que existem em profundidades relativamente rasas na vasta área licenciada. Os minerais serão explorados em minas de solução, mesma tecnologia que a Vale pretendia usar no projeto PRC na Argentina. Segundo a mineradora, é um método de menor risco, adequado para a região, e será processado por cristalização em lagoas solares antes da refinação final em uma planta de processo.

“A combinação dessas técnicas, que já foi comprovada por ensaios de campo na área licenciada, fará com que os custos operacionais estejam entre os mais baixos da indústria global de potássio tanto para o cloreto de potássio (MOP) como para o sulfato de potássio (SOP)”, afirma a empresa, em nota.

A concessão da Licença segue a apresentação de um conjunto de dados que são pré-requisitos, dentre eles um estudo final de viabilidade, uma avaliação do impacto ambiental e social (AIAS) e planos de gestão associada, produção detalhada e modelos financeiros.

“Nós agora temos um caso de investimento atraente, que apoia o desenvolvimento deste projeto, dada a nossa descoberta e prova de seus vastos recursos, a nossa demonstração da excelente viabilidade financeira, o sucesso operacional da nossa solução de mineração e a subsequente geração de produtos à base de potassa e, mais importante, o sólido nível de apoio do governo que recebemos, que foi demonstrado pela concessão da licença de mineração”, declarou Dattels.  

Segundo a empresa, durante o processo de aprovação das etapas para a exploração do projeto, a Circum trabalhou em estreita colaboração com inúmeros ministérios do governo da Etiópia e “agradece sinceramente o empenho e o apoio que foi dado ao Projeto, à medida que ele avançou”.

 

Notícias de Mineração, 15/03/2017

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