Produção

Nova unidade de fertilizantes vai suprir as necessidades de Angola

A construcção de uma unidade de produção de fertilizantes no norte de Angola vai permitir suprir as necessidades nacionais do país, que rondam as 400 mil toneladas por ano, anunciou hoje o ministro da Geologia e Minas angolano.

De acordo com o ministro Francisco Queiroz, o arranque da unidade de fertilizantes do Soyo, na província do Zaire, está previsto para 2015 e permitirá ultrapassar uma lacuna no sector agrícola nacional.

“Angola poderá ter em breve resolvida a necessidade de 400 mil toneladas de fertilizantes que consome por ano e ainda exportar uma grande quantidade”, disse o governante, na abertura do III Conselho Consultivo do Ministério da Geologia e Minas, que decorre até quinta-feira em Luanda.

De acordo com Francisco Queiroz, o Executivo angolano está ainda a estudar a criação de uma empresa para “garantir os interesses do Estado nos agrominerais”, tendo em conta o “papel importante” da agroindústria no “crescimento e diversificação da economia” do país.

“A produção de fertilizantes a partir de agrominerais reveste-se de importância estratégica”, enfatizou, referindo-se à criação da empresa para gerir estes recursos e o interesse público no sector.

“Essa empresa poderá vir a ser inteiramente pública, ou de capitais públicos, conforme recomendarem os estudos que estão em curso neste momento”, acrescentou Francisco Queiroz.

Em paralelo, nesta área, Angola tem ainda em curso projectos para a exploração de fosfatos nas províncias de Cabinda e Zaire.

Na abertura deste Conselho Consultivo, que reúne delegados de várias áreas, empresas públicas e privadas e especialistas, e que visa perspetivar o futuro do sector, foi ainda destacado o investimento em curso no subsetor diamantífero angolano, a maior fonte de receita nacional a seguir ao petróleo.

É o caso da nova mina de diamantes no Tchiuzo, na província da Lunda Sul, representando um investimento de 21 milhões de dólares (16 milhões de euros) e com o início da produção apontada para 2016.

“É um projecto promissor já que tem como preço médio de venda cerca de 106 dólares por quilate”, afirmou Francisco Queiroz.

No subsector do ouro, estão em curso em Angola, de forma avançada, a prospeção no Chipindo e Mpopo, ainda a comercialização de ouro artesanal em Cabinda e o “grande projeto integrado de Kassinga e Kassala Kitungo”.

Angola, através do Ministério da Geologia e Minas, está a aplicar um novo Código Mineiro com o qual espera constituir o setor como uma das grandes apostas no processo de diversificação da economia nacional, ainda focada na produção de petróleo.

Lusa, 03/09/2014

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