Produção

Projeto Taipas vai produzir 160 mil toneladas de SSP em Tocantins

A Rialma Fertilizantes pretende investir cerca de R$ 60 milhões para produzir 160 mil toneladas de superfosfato simples (SSP) por ano no projeto Taipas, em Taipas do Tocantins (TO), a partir do ano que vem.

A companhia protocolizou junto ao DNPM, em 16 de setembro, uma Guia de Utilização para lavrar fosfato no município. A empresa pretende iniciar a produção de calcário fosfatado com GU em 2015 e obter a concessão de lavra em 2016.

“O calcário fosfatado possui um grande diferencial, pois com a dosagem usada para correção da acidez, também será fornecido fósforo ao solo, economizando custos de transporte e lançamento”, disse Bernardo Caiado, diretor de Mineração da Rialma, por e-mail ao NMB.

De acordo a versão disponível do EIA/Rima do projeto, de autoria da Ambiental Consultoria, Estudos e Projetos, a Rialma Fertilizantes ia produzir 100 mil toneladas de SSP e 20 mil toneladas de fosfato natural por ano durante dez anos. 

Segundo Caiado, a companhia já possui uma nova versão do EIA/Rima, que será entregue em breve ao órgão ambiental do Estado, o Naturatins, no qual está prevista a produção de 160 mil toneladas de SSP e aumentar a quantidade de fosfato natural a ser produzido. As obras devem ter início em 2015 e a operação, em 2016.

As obras e atividades para implantar a infraestrutura do projeto Taipas vão durar cerca de 150 dias e gerar 450 empregos, no pico da obra, ainda de acordo com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima). Em operação, o projeto da Rialma vai gerar 100 empregos diretos.

A GU foi pedida para o processo 864.105/2009 junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O direito está em fase de autorização de pesquisa e foi transferido para a Rialma em 10 de setembro. Até julho de 2013, o titular era a companhia Sul Amazônia Fertilizantes, que foi incorporada pela Rialma.

“O objetivo principal do projeto Taipas é o suprimento e atendimento ao mercado interno consumidor, no que concerne ao fornecimento de insumos (fertilizantes) fosfatados (P2O5), que são utilizados na atividade agrícola e pecuária, por meio do aproveitamento dos recursos minerais existentes nas áreas de titularidade da Sul Amazônia, atualmente incorporada pela Rialma Fertilizantes, no município de Taipas (TO), diz o EIA/RIMA preparado pela Ambiental.

O documento diz também que nos últimos dois anos foram realizados trabalhos de pesquisa mineral, como mapeamento e sondagens. A Rialma, então, identificou um volume expressivo de recursos minerais passíveis de aproveitamento industrial na produção de SSP.

“O plano de lavra considera uma produção média de 560.000 toneladas anuais de minério fosfático, o que equivalerá a 46.666 toneladas mensais. A geração de estéril, calculada a partir da relação estéril: minério global de 3,73 equivale a 174.000 toneladas mensais”, diz o documento, referindo-se ao plano para a produção de 100 mil toneladas de SSP por ano.

De acordo com o relatório, a lavra vai se utilizar de desmonte mecânico por meio de equipamentos de porte convencional, como caminhões basculantes com capacidade de 30 toneladas para o transporte do minério e estéril. As escavadoras e escavadeiras serão semelhantes àquelas utilizadas em obras de terraplenagem caçambas de 3,2 a 4,5 metros cúbicos. 

A Rialma Fertilizantes possui 12 direitos minerários junto ao DNPM para fosfato, sendo oito em Goiás e quatro em Tocantins, segundo dados do Jazida.com. Todos processos para Goiás estão em fase de requerimento de pesquisa e todos processos para Tocantins, em fase de autorização de pesquisa. 

A empresa faz parte do Grupo Rialma, que trabalha com Pequenas Centrais Hidroelétricas (PHC), energia eólica, comercialização de energia, incorporação e agropecuária.

Notícias de Mineração, 14/10/2014

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