Produção

Verde estuda produzir 25 Mt de fertilizantes por ano

A Verde AgriTech disse na terça-feira (23) que iniciou um estudo preliminar de viabilidade (PFS, na sigla em inglês) para a expansão da produção de seu principal produto o Super Greensand, feito a partir de rochas potássicas extraídas em Minas Gerais. Segundo a apresentação da mineradora, o estudo abordará a possibilidade de se produzir 25 milhões de toneladas por ano de Greensand a partir de 2025.

“O projeto de expansão vai ser implementado em múltiplas fases e vai usar empreiteiros na mineração e na industrialização, o que vai reduzir de forma significativa o custo de capital inicial. Essa abordagem escalável e modular é factível graças à natureza de mina a céu aberto dos recursos minerais da Verde e um fluxograma de produção simplificado, que demanda somente britagem e moagem”, diz o comunicado divulgado nesta semana.

A Verde, que opera no Brasil por meio da Verde Ferilizantes e da FVS Mineração, conta com recursos medidos e indicados de 1,47 bilhão de toneladas com teor de 9,2% K2O, incluindo recursos medidos de 83 milhões de toneladas de minério com 10,1% K2O, que estão de acordo com a norma canadense NI 43-101. Há ainda recursos inferidos de 1,85 bilhão de toneladas com 8,6% K2O.

Desde o fim de abril, a FVS Mineração tem uma guia de utilização para o processo 830.383/2008, no DNPM, para produzir 20 mil toneladas de rocha potássica em Matutina e São Gotardo, em Minas Gerais. A guia para a lavra de verdete, minério também conhecido como glauconita, é válida até 9 de fevereiro de 2021.

A mineradora e seus consultores acreditam que o estudo de pré-viabilidade pode ser concluído no último trimestre deste ano. “Com a Verde agora em produção e vendendo, vamos procurar elevar a produção e nos posicionar como um importante ator na cena de agricultura do Brasil”, disse o brasileiro Cristiano Veloso, presidente e CEO da Verde, em nota.

 

Volumes

 

Os volumes de produção apresentados pela Verde impressionam. A mineradora mostra como alvo a produção final de 25 milhões de toneladas por ano de seu fertilizante, um tipo de remineralizador de solos, a partir de 2025, partindo da produção de 300 mil toneladas anuais no ano que vem. A qualidade do produto é comparada, no comunicado, à do sulfato de potássio (SOP).

Em 2016, o Brasil importou 45.175 toneladas de sulfato de potássio, com o que gastou US$ 25,4 milhões. O maior fornecedor do Brasil é a Bélgica, com metade desse volume. No mesmo ano, todos os fertilizantes potássicos juntos somaram 8,828 milhões de toneladas, ao custo de US$ 2,03 bilhões. A maior parte veio do Canadá, seguido de Belarus, Rússia e Alemanha.

O maior projeto já planejado de fertilizantes no país é o da Brasil Potash, em Autazes (AM), com previsão de produção da ordem de 2,1 milhões de toneladas por ano. Há ainda o projeto Carnalita, da Vale, cuja divisão de fertilizantes foi vendida para a Mosaic. Nesse projeto, que está suspenso, o volume planejado foi de 1,2 milhão de toneladas por ano.

 

Notícias de Mineração, 25/05/2017

 

 

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