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Empresa de fertilizantes de MT declara dívidas de R$ 47 milhões

O Grupo Fertimig, de Rondonópolis, formado pelas empresas Fertimig Fertilizantes Ltda e AMW Agropecuária Ltda, declarou à Justiça um total de R$ 47 milhões em dívidas com credores.

A informação consta no plano de recuperação judicial apresentado pelo grupo ao juiz Renan Nascimento, da 4ª Vara Cível de Rondonópolis. O grupo do ramo de fertilizantes entrou em recuperação em setembro do ano passado.

O magistrado determinou que as empresas credoras sejam intimadas para informar se concordam ou não com os valores apresentados pelo grupo.

Conforme a lista, as maiores dívidas são com os bancos, para qual o grupo deve mais de R$ 31 milhões, sendo R$ 7 milhões ao Banco do Brasil, R$ 13,2 milhões ao HSBC (adquirido pelo Bradesco), R$ 3,9 milhões ao Banco da Amazônia e R$ 6,8 milhões ao Santander.

De acordo com a ação, o Grupo Fertimig foi formado em 2003 por Antonio Miguel Santos e Eva Terezinha Santos, que já atuavam há 21 anos no mercado de fertilizantes.

A partir de 2013, com a facilidade das linhas de créditos de investimentos do Governo Federal, os sócios iniciaram um projeto de expansão com a construção de mais 10 unidades, mas a previsão não saiu como era esperada.

 “O projeto do 1° armazém, localizado na Cidade de Itanhangá-MT, previa 100% de financiamento pelo BNDES, porém a linha de crédito depois de aprovada e o armazém pronto, disponibilizou somente 60% do custo do projeto, tendo como justificativa a redução da linha de crédito”.

Desta forma, o grupo teve que bancar 40% do custo do projeto com recursos próprio e, a partir de 2014, passou a buscar empréstimos em bancos para compensar o desfalque.

Outro fator que pesou na crise, segundo o grupo, foi que a partir de 2014 houve inadimplência de alguns clientes e, em 2015, sofreu com sua pior inadimplência devido a vários fatores, como o desajuste cambial.

O grupo tentou se reestruturar em 2015 com a criação da AMW Agropecuária Ltda., empresa para exploração das atividades agropecuária e de silvicultura (eucalipto).

Todavia, a sequência do projeto ficou comprometida, pois não havia captação de recursos financeiros liberados para a exploração agropecuária e silvicultura.

No final de 2015, o grupo então propôs um alongamento bancário de cinco anos, com um plano de pagamento aos fornecedores, “com objetivo de honrar todos seus compromissos, como sempre fez”.

Somado a isso, conforme o grupo, cinco das empresas que devem para a Fertimig estão em recuperação judicial e, por isso, as cobranças tiveram que ser suspensas.

 

Mídia News,07/02/2018

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