Multitécnica inaugura fábrica para produção de quelatos
A empresa passa a ter produção completa de fontes de nutrientes para uso na agricultura.
A Multitécnica inaugurou, na cidade de Sete Lagoas – Mg, sua nova planta destinada exclusivamente à produção de quelatos. Com isso, a Multitécnica “fecha o ciclo” na produção de fontes de micronutrientes para uso agrícola, sendo capaz de oferecer ao mercado todos os elementos necessários para uma agricultura de alta produtividade, em suas diferentes formas químicas.
“Aqui na Multitécnica temos orgulho de dizer que temos todas as opções de fontes de nutrientes para a nutrição de plantas”, diz o engenheiro agrônomo Daniel Nunes, especialista em fertilidade de solos e nutrição de plantas e diretor comercial do grupo. “Já oferecemos as fontes via sulfatos, cloretos, nitratos, fosfitos e misturas de todas essas fontes, tanto na forma líquida quanto sólida”, diz. “Temos, de fato, todas as fontes solúveis, o que há de melhor no mercado, com comprovação científica de eficiência”.
Daniel lembra que o quelato produzido na Multitécnica é o quelato de EDTA, que entra como um produto chave na agricultura moderna. “Sabemos que cada vez mais, o agricultor utiliza menores vazões em suas aplicações, e utiliza mais produtos por entrada na lavoura, essa complexidade de mistura aliada a baixas vazões, fazem necessário o uso de fontes que não tenham interação entre as moléculas no tanque. Ou seja, ter uma fonte de nutrientes que é compatível, concentrada e de alta solubilidade é de grande importância”.
Ele explica que o principal mercado visado com esses produtos é o da produção de soja, que é também o principal cultivo do País em área. “Iremos também, com os quelatos, atuar em café, milho, algodão, espécies florestais, cana de açúcar e fruticultura”, diz.
Daniel salienta que a Multitécnica já opera, na nova unidade fabril, os mais modernos processos de produção. “Buscamos tecnologia de ponta para essa nova planta de quelatos, para aliar qualidade e alta capacidade produtiva”.
Ele lembra que se trata de produtos Dry (secos), e que o moderno processo de secagem permite fazer um produto mais concentrado, com altíssima tecnologia para fazer a dissolução em caldas. “São produtos compatíveis com a maioria dos outros que a gente vê no mercado, porque o elemento principal está totalmente quelatizado, protegido contra qualquer interação com outras moléculas” em uma ampla faixa de pH de calda, afirma.
“Segundo ele, a Multitécnica planeja oferecer no mercado novidades como combinações de zinco, manganês, cobre, ferro e outros compostos, com ação fisiológica por exemplo.
O coordenador de processos da Multitécnica, mestre em química Caio César Spindola de Oliveira, explica que, inicialmente, a nova fábrica produz quelatos de cobre, zinco e manganês. “Posteriormente vamos disponibilizar quelatos de cobalto, níquel, magnésio, cálcio e ferro”.
Ele, salienta que os quelatos da Multitécnica têm alta solubilidade, baixo resíduo insolúvel, elevado grau de pureza e são produzidos com um método inovador, que faz com que o produto se torne menos higroscópico no manuseio.
Mas, o que são quelatos?
O quelato resulta de uma ligação forte e estável entre um íon metálico (no caso o zinco, cobre, manganês, etc) e o agente quelante (na produção da Multitécnica, o EDTA). Isso cria um “escudo”, que protege o íon de reações indesejadas, evitando, por exemplo, que os nutrientes sejam desperdiçados ou que fiquem indisponíveis para as plantas.
A vantagem de fornecer os nutrientes quelatizados é que o agente quelante é como um guia que conduz o íon metálico para dentro da planta, de maneira segura e eficaz.
Tecnicamente, pode-se dizer que os quelatos auxiliam no transporte dos micronutrientes pelos tecidos vegetais. Eles fazem com que esses nutrientes alcancem os locais de crescimento, como as extremidades das raízes, de maneira mais eficaz. Devido à sua estrutura estável, as moléculas de quelato fazem com que os micronutrientes sejam transportados de maneira eficiente por meio das membranas celulares.
Considerando que alguns íons metálicos presentes no solo podem “competir” pela absorção de nutrientes pelas raízes das plantas, os quelatos atuam justamente para reduzir essa competição. Isso porque os micronutrientes quelatados são absorvidos de forma mais imediata pelas plantas, em comparação com os nutrientes não quelatados.
Além de permitir as misturas com os agroquímicos, os quelatos evitam problemas de incompatibilidade em caldas de aplicação, mantendo a estabilidade nos elementos e evitando o desperdício de produto.
Ao usar quelatos para as plantas, a absorção de nutrientes em condições adversas também é favorecida. É o caso dos solos alcalinos, onde alguns nutrientes podem se tornar menos acessíveis às plantas.
Por isso, usar quelatos para melhorar a disponibilidade de nutrientes para as plantas pode fazer grande diferença na produtividade da lavoura.
Multitécnica, 26/07/2024.