Logística

Transporte ferroviário de fertilizantes cresce 129% entre SP e MT

A Rumo, maior operadora de ferrovias do Brasil, transportou 1,6 milhão de toneladas de fertilizantes do Porto de Santos (SP) ao seu terminal multimodal em Rondonópolis (MT) entre janeiro e novembro deste ano, 129% a mais do que o volume total carregado em 2018. A Companhia estima que fechará o ano com uma movimentação de 1,72 milhão de toneladas, volume que equivaleria a quase 38 mil viagens de caminhões com capacidade de tracionar, cada um, 45 toneladas. E para 2020, a Rumo projeta carregar 2,3 milhões, 40% a mais.

A operação com os fertilizantes foi iniciada em abril de 2018, e faz parte da estratégia da Companhia no aumento de sua eficiência operacional. Os mesmos trens com 80 vagões que escoam o agronegócio para a exportação retornam ao interior carregados de insumos para a produção rural. Hoje, 33% dos adubos importados para o Mato Grosso chegam ao estado por ferrovia.

O crescimento desse transporte também está atrelado ao perfil de atracação dos navios no Porto de Santos (SP). Cada vez maiores, as embarcações contribuem para esse desempenho logístico positivo. Em novembro deste ano, a área comercial da negociou a chegada do navio Panamax Breeze, que descarregou 72,2 mil toneladas de sulfato de amônio a granel no Terminal Marítimo do Guarujá (Termag). E 91% desse volume (65,9 mil toneladas) foi transportado por ferrovia.

A operação em Rondonópolis é planejada pela Rumo e executada em parceria com a JM Link. A moega utilizada tem capacidade para descarregar até 7,5 milhões de toneladas por ano, sendo a mais produtiva do País nessa modalidade de produto. Com duas linhas férreas, a estrutura é capaz de atender oito vagões ao mesmo tempo.

A armazenagem estática atual do terminal do Mato Grosso tem possibilidade de triplicar o seu volume, indo das 64 mil toneladas previstas na primeira fase do projeto a até 192 mil toneladas. Hoje, a capacidade é de 134 mil toneladas. Outro destaque do terminal é a capacidade de expedição dos fertilizantes em granel, que é de 10 mil toneladas por dia. Quando acondicionados em Big Bags (embalagens), podem ser expedidos até 120 toneladas por hora.

Importação cresce para atender o agronegócio

Mato Grosso vem se destacando no cenário nacional de importação dos adubos desde o ano passado. O consumo total no Brasil subiu 3,4% em 2018, chegando a 35,6 milhões de toneladas, e desse total 27,5 milhões foram via importação (que subiu 4,5% em relação a 2017). Em 2018, o estado do Centro-Oeste ficou em terceiro no ranking de importações, chegando a 4,5 milhões de toneladas e ficando atrás de Paraná (5 milhões) e Rio Grande do Sul (4,8 milhões). E entre janeiro e novembro deste ano, Mato Grosso já figura em primeiro lugar com 4,9 milhões de toneladas importadas, e à frente dos mesmos Paraná (com 4,3 milhões) e Rio Grande do Sul (4,4 milhões). Os dados são da Comex Stat, sistema com dados do comércio exterior brasileiro do governo federal.

Como uma das principais portas de entrada para o fertilizante importado, o Porto de Santos (SP) respondeu por 820 mil toneladas escoadas para o Mato Grosso em 2018, segundo dados da Comex Stat. Como os volumes movimentados estão crescendo, cresce também o share do cais santista entre os fornecedores de fertilizantes importados para o estado: de 18% em 2018 estima-se fechar 2019 em 33%.

Após percorrerem 1.658 quilômetros do porto paulista até o coração do agronegócio, os fertilizantes são descarregados no terminal da Rumo em Rondonópolis (MT). O sul do estado é a região onde a Rumo tem o maior share dos fertilizantes consumidos: 75% dos 1,1 milhão de adubos importados.

– A Rumo transportou 1,6 milhão de toneladas do produto do Porto de Santos (SP) ao seu terminal em Rondonópolis (MT).

– O volume movimentado por trilhos em 2019 equivaleria a quase 38 mil viagens de caminhões.

– Capacidade de armazenagem em Mato Grosso tem potencial para triplicar de tamanho de acordo com a demanda.

– 33% dos adubos importados para o Mato Grosso chegam por ferrovia.

Portal DBO, 18/12/2019

Fonte imagem: Pixabay

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