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Comitiva de província da África do Sul, forte produtora de fertilizantes, visita Secretaria da Agricultura

O secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, reuniu-se nesta quarta-feira (7) com uma comitiva da Província de Northen Cape, da África do Sul, interessada em parcerias e cooperações na área agrícola. A província sul-africana é forte produtora de fertilizantes, insumo do qual o Paraná e o Brasil são dependentes, o que animou o secretário em aprofundar as informações para um futuro comércio com o Paraná.

Ortigara fez um relato do cenário agropecuário paranaense, enfatizando que cuidar do meio ambiente faz parte do negócio. Ele ressaltou que não dá para dissociar a produção agrícola da necessidade de adoção de práticas conservacionistas do solo e da água, que dão sustentabilidade à produção.

Além de produtora de fertilizantes, a província sul-africana se destaca na criação de ovelhas, de vinhos onde alguns estão entre os melhores do mundo. Eles mantêm uma forte rede de pesquisa agropecuária e produzem também nozes e grãos como trigo, milho, cevada.

PARANÁ – O secretário Ortigara explicou aos sul-africanos que o Paraná ocupa apenas 2,3% do território brasileiro, mas tem a melhor e mais diversificada agricultura do Brasil, com a segunda maior produção de grãos. O Estado está produzindo este ano 19,5 milhões de toneladas de soja, 18 milhões de toneladas de milho, onde é o segundo maior produtor desses grãos. É o primeiro produtor de feijão, com uma produção de 700 mil toneladas, primeiro produtor de trigo e de cevada.

Ortigara falou também da mão-de-obra no meio rural, onde jovens agricultores mais capacitados estão recorrendo à tecnologia para elevar as produtividades. Também se referiu à presença de pelo menos 33 etnias, que formam o povo trabalhador do Paraná, cujos descendentes estão assumindo a produção agropecuária. 

O secretário ressaltou ainda a força do cooperativismo, como mola propulsora do agronegócio no Estado. “Diferente de outras partes do Brasil onde predominam as traders”, comparou. Segundo ele, o dono da cooperativa são os produtores, que moram aqui e o lucro ou sobras das operações são distribuídos aqui. “Não vão para paraísos fiscais”, salientou.

O cooperativismo processa cerca de 40% da produção do Estado, sendo que a meta é ampliar essa participação para 60% da produção, para agregar valor.

 

Agência de notícias do Paraná, 07/06/2017

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