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Crise energética e interrupção de exportação de fertilizantes chineses devem afetar o agronegócio brasileiro

O agronegócio brasileiro tem acompanhado atentamente as notícias sobre os recentes desafios chineses e os pronunciamentos das autoridades chinesas, dentre eles a suspensão da exportação de fertilizantes e a crise energética chinesa.

Maior parceiro comercial do Brasil desde 2009, o volume de importação e exportação sino-brasileiro de janeiro a setembro de 2021 já atingiu a cifra de US$ 105,6 bilhões, com possibilidade de atingir US$ 120 bilhões neste ano, já respondendo o país asiático por 65% do superávit brasileiro.

Em 2020 a China respondeu por 33,7% das exportações totais do agronegócio brasileiro, gerando receita de US$ 33,98 bilhões e há uma expectativa de aumento de compra pelos chineses, dado o aumento do consumo pela sociedade chinesa.

Contudo, o agronegócio brasileiro está aflito com a possível interrupção de exportação de fertilizantes pela China e o impacto da crise energética chinesa na produção brasileira.

Quanto aos fertilizantes, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC) tem avaliado a possível suspensão de exportação de fertilizantes chineses para fins de proteção do mercado doméstico, podendo impactar fortemente o fornecimento de fosfatados e nitrogenados ao mercado brasileiro – a China produz 30% de todo o fosfato consumido no mundo.

Assim, as notícias sobre interrupção de fornecimento de fertilizantes, aliada a possível crise energética chinesa, poderão impactar ainda mais o agronegócio brasileiro, especialmente a produção e o preço dos alimentos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os alimentos no Brasil já acumulam alta de 12,54% em 12 meses até setembro de 2021, índice acima da inflação de 10,25%.

Comexdobrasil, 13/10/2021

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