Negócios

Potash vai cortar produção e mais de mil empregos

A Potash of Saskatchewan Inc. disse nesta terça-feira que vai cortar cerca de 18% de sua força de trabalho, ou mais de 1.000 empregos, uma vez que continua a lutar contra a queda da demanda por potássio e fosfato, dois nutrientes usados na fabricação de fertilizantes.

A companhia canadense, a maior mineradora de potássio do mundo em capacidade, tem sido duramente atingida pelos preços mais fracos para os nutrientes de fertilizantes e  pelas baixas vendas de potássio na esteira do colapso, em julho, da parceria da russa Uralkali com a Belaruskali, da Bielorrússia, para as vendas do produto.

A Potash disse que a maioria dos cortes de postos de trabalho vai afetar suas operações de potássio, incluindo cerca de 440 trabalhadores na província de Saskatchewan. No total, cerca de 570 postos de trabalho ligados ao potássio serão cortados. O restante, que soma cerca de 475 empregos, afetará as operações de fosfato e nitrogênio. 

“Apesar da confiança no longo prazo dos condutores de nosso sucesso, uma significante porção da demanda por fertilizantes vem de mercados em desenvolvimento, onde o crescimento tem sido menos robusto que o esperado. Este ambiente lento tem sido mais visível em nossos negócios de fosfato e potássio, e tem contribuído para desafiar as condições de mercado”, disse a companhia em comunicado.

A empresa acrescentou que espera ter um custo de cerca de US$ 70 milhões para os desligamentos de trabalhadores, o que pode requerer uma baixa contábil e afetar seus ativos. 

Nas operações de potássio, a companhia informou que vai suspender a produção em uma de suas duas unidades de processamento em Lanigan, em Saskatchewan, e cortará a produção na fábrica de Cory, na mesma província, até o fim do ano. 

A produção em Penobsquis, New Brunswick, deverá ser encerrada até o primeiro trimestre de 2014. Duas outras instalações em Saskatchewan — Allan e Rocanville — não serão afetadas, disse a Potash. 

“Enquanto estas são decisões difíceis, nós sabemos que elas vão ajudar a garantir que nossa empresa continue posicionada para o futuro”, afirmou em comunicado Bill Doyle, presidente e CEO da Potash.

Em outubro, a Potash reportou uma queda de 45% em seu lucro líquido no terceiro trimestre e reduziu seu “guidance” pela segunda vez este ano. 

Valor Econômico, 03/12/2013

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