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Empresa de MG usa rejeitos de aço para produzir fertilizantes

A Harsco Environmental, que atua no tratamento de resíduos da siderurgia, está investindo R$ 220 milhões em duas plantas em Minas Gerais, para ampliar a capacidade de produção de fertilizantes de 300 mil toneladas para 500 mil toneladas por ano até 2025. A companhia também negocia com siderúrgicas clientes para aumentar a capacidade no longo prazo para 1 milhão de toneladas de fertilizantes ao ano.

A empresa usa o rejeito da produção de aço para obter fertilizantes, neobrita (substituto da brita para uso na construção civil) e sucata metálica.

A produção de fertilizantes minerais da Harsco Environmental é feita em uma unidade em Timóteo (MG), ligada à usina da Aperam South America. A primeira fase da expansão será feita nessa unidade. “Devemos finalizar até setembro a ampliação da capacidade da fábrica de 300 mil para 400 mil toneladas de fertilizantes por ano. Concluindo essa etapa, vamos instalar uma segunda fábrica ligada com a Usiminas, em Ipatinga (MG), com capacidade de 100 mil toneladas por ano”, afirmou Wender Alves, presidente da Harsco Environmental para a América Latina.

No Brasil, a empresa tem 16 operações e atende às maiores siderúrgicas que operam por aqui. A Harsco negocia com elas o uso da escória para ampliar a produção de fertilizantes minerais.

O fertilizante mineral produzido pela empresa é rico em silicato de cálcio e de magnésio, que substitui o calcário na correção de solo. No portfólio, são quatro tipos de fertilizantes, que agregam elementos como enxofre e silício.

No ano passado, a empresa vendeu no Brasil 250 mil toneladas de fertilizantes. Para 2024, a previsão é chegar a 280 mil toneladas, um aumento de 12%. “Estamos felizmente batendo no teto da nossa capacidade. A produção deste ano está toda vendida. Na próxima temporada, a gente já terá capacidade instalada de 400 mil toneladas, e a expectativa é terminar este ano com a carteira de pedidos praticamente lotada”, afirmou Alves.

Os fertilizantes minerais da Harsco são distribuídos pelo Grupo Agronelli, de Uberaba (MG). A carteira de clientes inclui usinas sucroalcooleiras, grandes produtores de grãos do Centro-Oeste, cafeicultores da Serra da Mantiqueira, produtores agroflorestais e pecuaristas.

Globo Rural, 25/06/2024.

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