Novas Tecnologias

Nanotecnologia movimenta economia brasileira

“Brasil está avançando na transformação do conhecimento científico em produtos e processos que vão chegar ao mercado e movimentar essa nova economia baseada na nanotecnologia.” Essa é a opinião do coordenador de Micro e Nanotecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Flávio Plentz. Em entrevista ao programa Conexão Ciência, nessa terça-feira (15), Plentz falou sobre os setores estratégicos que o Brasil está trabalhando, no que diz respeito à nanotecnologia, como a área aeroespacial, saúde, agronegócios, meio ambiente, plásticos, energia, cosméticos, óleo e gás.

Na área da saúde, por exemplo, a nanotecnologia já está bem avançada. Segundo Plentz, medicamentos podem ser produzidos em cápsulas que liberam os componentes ativos no organismo aos poucos com poder de persistência maior, ou seja, tomando apenas uma dose, o efeito do remédio pode durar por dias e até semanas. É possível também produzir medicamentos com endereço certo, que vão agir diretamente em um determinado órgão ou célula, o que diminui os efeitos colaterais.

O mesmo princípio se aplica na agricultura. “Na administração de agrotóxicos ou defensivos agrícolas, se é feita uma entrega direcionada e controlada, utiliza-se menos defensivos e eles são mais efetivos. A mesma coisa acontece com os nutrientes e fertilizantes para as plantas”, explicou.

Um passo importante que foi tomado, de acordo com Plentz, foi criar a Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia, que integra as ações governamentais responsáveis em promover o aumento da competitividade da indústria brasileira ancorada na nanotecnologia. O trabalho é coordenado pelo Comitê Interministerial de Nanotecnologia composto por dez ministérios, além de agências e entidades. “Outra ação importante foi criar o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia, abrangendo 26 laboratórios que vão receber financiamento e recursos prioritários do MCTI e que vão formar a base de infraestrutura para o desenvolvimento da nanotecnologia com foco na inovação”, ressaltou.

Embrapa, 16/10/2013

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