Produção

Toyo Setal deve desenvolver projetos de fertilizantes em Sergipe

A Toyo Setal assinou um protocolo de intenções com o governo de Sergipe para desenvolver projetos de fertilizantes nitrogenados no estado. O governo sergipano também assinou um acordo com a Macaw Energies, da Golar LNG, para o desenvolvimento de uma planta de liquefação de gás natural.

Os acordos foram assinados nesta terça-feira (12/3) durante o Sergipe Day, na Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro.

Após a assinatura, o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), destacou que as intenções de investimentos reforçam a importância da entrada em produção dos projetos da Petrobras em águas profundas na costa do estado.

“A partir do momento em que o governo federal e a Petrobras falam que vai sair do papel, que determinaram que SEAP [Sergipe Águas Profundas] aconteça, isso nos anima a buscar mais parceiros e investidores”, disse.

No ano passado, a Toyo Setal também anunciou uma parceria com o Porto do Açu, na costa do Rio de Janeiro, para desenvolvimento de uma planta de fertilizantes nitrogenados.

O governador de Sergipe reforçou a importância da produção nacional de fertilizantes. Hoje, o Brasil importa praticamente todo o volume de fertilizantes nitrogenados que consome.

“Nós somos um país essencialmente agrícola e não podemos ficar à mercê de outros Estados”, afirmou.

Além da produção de gás, Sergipe também tem uma mina de potássio para a produção de fertilizantes . Mitidieri lembrou que a oferta de gás natural a preços competitivos é fundamental para viabilizar projetos de produção nacional de fertilizantes e lembrou do caso da Unigel, que interrompeu a produção na fábrica que operava no estado.

A Unigel arrendou a planta da Petrobras, mas alega que o projeto perdeu viabilidade com a queda dos preços de fertilizantes no mercado internacional. A empresa fechou um acordo de industrialização sob demanda (tolling) com a Petrobras em dezembro para garantir a continuidade do projeto, mas o contrato não chegou a entrar em vigor até o momento. O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou falhas de governança no acordo, entretanto uma investigação interna da Petrobras apontou que não houve irregularidades.

epbr, 14/03/2024

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