Produção

Projeto Três Estradas tem fosfato para produzir 350 mtpa de fertilizantes

A Aguia Resources divulgou hoje (16) resultados do estudo conceitual de mineração do projeto de fosfato Três Estradas, no Rio Grande do Sul. O trabalho diz que a mina gerar matéria-prima para a produção anual de 350 mil toneladas de superfosfato simples (SSP) ao custo operacional (opex) estimado em US$ 117 por tonelada. O estudo, realizado pela SRK Consulting, confirmou ainda a viabilidade de mineração a céu aberto no projeto.

A empresa afirmou que o estudo foi baseado nos recursos minerais auditados pela canadense SRK, em maio do ano passado, e que o investimento de capital estimado para o desenvolvimento do projeto é de US$ 218 milhões.

O projeto de mineração proposto para Três Estradas é uma operação a céu aberto que considera a extração por perfuração e detonação. O concentrado de rocha fosfática vai ser produzido por flotação e será transportado, de Três Estradas até o Porto de Rio Grande (RS), por linha ferroviária que atravessa o projeto.

A previsão é que o concentrado de fosfato seja transformado em SSP em uma planta localizada no município de Rio Grande. Segundo a Aguia, a infraestrutura bem estabelecida próxima ao projeto Três Estradas permitirá uma redução dos custos, já que transporte rodoviário e ferroviário e serviços de energia são acessíveis.

De acordo com a Aguia, esta região do Brasil é totalmente dependente do fosfato importado, em grande parte do norte da África, portanto, a expectativa é que haja uma forte demanda pelos seus produtos.

A empresa alerta que as estimativas para metas de exploração não devem ser interpretadas como uma declaração de recursos minerais e a quantidade e teor da mineralização são de natureza conceitual. A Aguia afirmou que o programa de sondagem está previsto para ser concluído no próximo semestre.

Segundo o diretor administrativo da Aguia, Prakash Hariharan, o estudo da SRK indica que Três Estradas tem potencial para ser desenvolvido como um fornecedor de baixo custo para mercado agrícola do Sul do Brasil. “A empresa completará a estimativa de recursos de Três Estradas antes da conclusão da análise econômica, mas o projeto está bem posicionado para gerar fluxo de caixa significativo para a Aguia no futuro”, disse.

Hariharan afirmou que o objetivo da Aguia é oferecer um dos melhores recursos de fosfato do Brasil, já que país precisa, atualmente, importar fosfato para satisfazer a demanda do produto na região.

“Nos próximos meses, a Aguia vai se concentrar em expandir os recursos minerais em Três Estradas e se comprometer com a sondagem de Joca Tavares, depósito vizinho a Três Estradas, com o objetivo de definir, pelo menos, 75 milhões de toneladas de recursos minerais de fosfato”, disse o diretor administrativo.

Segundo Hariharan, o Conselho de Administração da Aguia está analisando uma série de opções de financiamento para assegurar que a empresa esteja capitalizada para a próxima fase de exploração e desenvolvimento. “Estamos comprometidos com a construção de um projeto de fosfato de classe mundial no Sul do Brasil”, afirmou.

O projeto Três Estradas é uma descoberta de fosfato significativa com características similares às pertencentes a produtores de rocha fosfática no Brasil. O teor e a mineralogia são similares à de outras minas em operação no mundo, incluindo a mina de Siilinjärvi da Yara, na Finlândia, e a mina de Cajati, da Vale, em Goiás. Ambas produzem concentrados de alta qualidade a partir de carbonatitos.

Notícias de Mineração, 16/09/2014

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo