Amaggi começa a operar sua primeira fábrica de fertilizantes no país
A Amaggi começou a operar sua primeira fábrica de mistura de fertilizantes no país, em um passo importante no processo de verticalização do grupo. Localizada no município de Comodoro, em Mato Grosso, a unidade foi idealizada com base na rota logística do corredor fluvial Madeira-Amazonas e pretende atender produtores do oeste de Mato Grosso e do sul de Rondônia, num raio de até 250 quilômetros.
“A companhia já fornecia fertilizantes para os produtores da região. Com a fábrica, agora estamos conseguindo entregar um produto especificamente formulado, sob medida”, informou ao Valor, por nota, Waldemir Loto, presidente-executivo da Amaggi. Segundo eles, a operações têm se mostrado “animadoras”.
A unidade conta com duas linhas de produção de matéria-prima bruta e fertilizantes compostos, com capacidade de 60 toneladas por hora de matéria-prima (em big bags ou a granel) e até 90 toneladas por hora de mistura ensacada (big bags ou sacas de 25 a 50 quilos).
Localizada no entroncamento das rodovias federais BR-364 e BR-174 — a 100 quilômetros de Vilhena (RO) e a 634 quilômetros de Cuiabá (MT) —, a fábrica foi pensada para aproveitar o potencial logístico do grupo, afirma Loto. Desde 1997, a Amaggi já importa e comercializa fertilizantes a granel pelo corredor hidroviário amazônico, onde detém dois portos.
De acordo com a companhia, a decisão pela instalação da fábrica partiu do “intuito” de fornecer produtos formulados e embalados aos produtores rurais da região. Por meio da rota já estabelecida, a fábrica pode receber matéria-prima importada do Porto de Itacoatiara, no Amazonas, e dos portos do Sudeste, além da matéria-prima produzida em São Paulo, Goiás e Minas Gerais.
A Amaggi é controlada pela família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi,atura cerca de US$ 6 bilhões por ano e em 2017 completa quatro décadas de existência. Como de costume. levantou a sua primeira fábrica de fertilizantes sem fazer alarde. Questionada, informou apenas que a unidade entrou em fase de testes no fim do ano passado e que hoje opera normalmente. A companhia não revelou o valor do investimento.
Valor Econômico, 11/04/2017
