Logística

Simpósio promovido pelo Sindiadubos discute mercado de fertilizantes no Brasil

Empresários e representantes do setor produtivo participaram, nesta terça-feira (21), em Curitiba, do Simpósio Sindiadubos, promovido pelo Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Paraná. O evento, organizado anualmente, tem por objetivo discutir a realidade do setor, apresentar um diagnóstico das operações e conhecer projetos de melhorias para o segmento. O Brasil não é autossuficiente na produção de fertilizantes, obrigando os produtores agrícolas a importarem boa parte dos insumos que precisam utilizar na lavoura.

O Secretário de Estado da Infraestrutura e Logística do Paraná, José Richa Filho, participou do encontro e disse que o momento é importante porque, além de permitir que o Governo do Paraná fale sobre o que tem feito para o segmento, possibilita que os participantes acompanhem as tendências do setor, no Brasil e no mundo.

“Paranaguá continua sendo o Porto mais importante na importação de fertilizantes no Brasil. Mais de 50% do que entra no país, chegam pelos portos do Paraná: Paranaguá e Antonina. Este, também vem batendo recordes na movimentação do produto, assumindo sua vocação e também sendo referência“, afirma.

Raio-x – Para abrir o evento, o consultor do Sindiadubos, Paulo César Medeiros Pereira, apresentou um raio-x do setor de fertilizantes no Brasil. Ele disse que o país deve importar, em 2014, 22,8 milhões de toneladas do produto. “Até setembro, já foram importadas 17,9 milhões de toneladas de fertilizantes – 10,8% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado – , sendo que o Porto de Paranaguá continua sendo a principal porta de entrada, com 40% de todo o fertilizante que chega ao Brasil”, disse.

Pereira destacou que o porto paranaense vem apresentando aumento na movimentação, ano a ano e, em contrapartida, os custos com demurrage – a sobrestadia paga pelos navios por conta da demora na atracação – vem caído vertiginosamente. “Notamos que isso se deve, sobretudo, pela melhoria operacional que tem sido implementada. Em 2013, pagava-se US$ 9,8 por tonelada de demurrage. Em 2014, este valor já caiu para US$ 7,7 por tonelada”, disse.

O diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, proferiu palestra no evento e explicou que as melhorias operacionais possibilitaram que os valores de demurrage despencassem. As evoluções implementadas para atender o segmento de fertilizantes em Paranaguá entre elas o início das operações do terminal público de fertilizantes; os novos equipamentos adquiridos pelos terminais; o programa de dragagem continuada.

“Hoje somos o único porto do Brasil com 100% do calado de projeto operando. Temos um compromisso, dado pelo governador, de bem atender nossos clientes. O que norteia todas as nossas ações no porto é a excelência no atendimento e não uma simples competição entre portos”, disse.

Para 2015, Dividino disse que a Appa ainda tem importantes desafios a vencer, para melhorar ainda mais o atendimento operacional.

“Para este ano, já estamos trabalhando no aprofundamento de berço, reforço na estrutura de cais. Nossa ideia é, já em 2015, iniciar a operação de mais um berço especializado – representando um ganho de 50% na operação dos fertilizantes, que já contam com dois berços exclusivos para a descarga de fertilizantes no cais público. Isso mostra a iniciativa e o empenho da Administração dos Portos em atender este setor, um dos mais importantes do país”, concluiu.

APPA, 21/10/2014

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